Bolsa de Valores

ALLL11 +0.67%AMBV4 0.51%BTOW3 3.09%BVMF3 0.2%BBDC4 0.56%BRAP4 0.83%BBAS3 0.31%BRTO4 0.95%BRKM5 0.09%BRFS3 0.56%CCRO3 0.06%CMIG4 0.31%CESP6 0.4%CPLE6 0.65%CSAN3 0.38%CPFE3 0.32%CYRE3 -0.73%DTEX3 -0.31%ELET3 0.82%ELET6 1.94%ELPL6 -0.13%EMBR3 0.22%FIBR3 1.21%GFSA3 1.12%GGBR4 0.42%GOAU4 0.43%GOLL4 1.96%ITSA4 0.35%ITUB4 0.41%JBSS3 1.05%KLBN4 -1.49%LIGT3 0.42%LLXL3 -0.45%LAME4 0.93%LREN3 0.69%MMXM3 -0.16%MRVE3 -0.72%NATU3 0.41%NETC4 -1.05%OGXP3 -1.6%PCAR5 +2.72%PDGR3 0.92%PETR3 0.73%PETR4 0.71%RDCD3 0.19%RSID3 -2%SBSP3 -0.58%CSNA3 0%CRUZ3 -0.19%TAMM4 6.72%TNLP3 4%TNLP4 0.05%TMAR5 -1.69%TLPP4 -2.21%TCSL3 +0.43%TCSL4 +0.13%TRPL4 -0.71%UGPA4 -0.71%USIM3 0.33%USIM5 -0.76%VALE3 0.66%VALE5 0.76%VIVO4 -0.21%
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

JAC inicia obra de fábrica na Bahia com foco no Nordeste


O enterro de um automóvel marcou ontem (26) o início das obras da fábrica da JAC Motors no Brasil, primeiro empreendimento iniciado sob o novo regime automotivo, anunciado pelo governo em setembro. A unidade, capaz de produzir 100 mil carros por ano, será erguida no município de Camaçari, na Grande Salvador, e terá como foco o emergente mercado consumidor da região Nordeste.
Durante a solenidade de lançamento da pedra fundamental, o sócio e presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, foi veemente nos elogios ao pacote automotivo do governo. "O Inovar Auto não teve o que todo mundo queria, mas teve um pouco do que todos precisavam e viabilizou completamente a nossa fábrica", disse o empresário.
Presente à solenidade, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que o início das obras consolida as novas regras para o setor. Segundo ele, seis montadoras (JAC, Nissan, Renault, Peugeot, Mitsubishi e Toyota) já foram habilitadas no Inovar Auto e outras 35 estão "em processo de habilitação".
Sobre o destino dos carros "made in Brazil" da JAC, que deve iniciar a operação em 2014, Habib mencionou por varias vezes o mercado automotivo do Nordeste. "São Paulo é hoje um mercado de reposição. Quem tem que ter carro, já tem. O Nordeste é diferente. É uma avenida de crescimento, tem um mercado maior do que a Holanda e a Bélgica juntas", comparou o empresário, antes de revelar que o market share da JAC no Nordeste é superior ao de São Paulo.
Habib aproveitou, inclusive, a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner, para manifestar preocupação com a mobilidade urbana em Salvador. O empresário reivindicou a construção de novas avenidas na cidade para absorver o fluxo crescente. "Tenho certeza de que Salvador será um mercado de 14 mil carros por dia daqui a 20 anos", estimou. Atualmente, vende-se 7 mil carros por dia na capital baiana.
O governador aproveitou a vitrine. Disse que está muito próximo de anunciar outra montadora chinesa na Bahia. Ele se referia à Foton Motors, fabricante de ônibus e caminhões leves, cujo investimento estaria "praticamente fechado".
O investimento, segundo o governador, consolidaria a criação de importante polo automotivo na região de Camaçari que contaria, além das montadoras já existentes (Ford e, agora, a JAC), com uma gama de empresas fornecedoras de autopeças, inclusive chinesas. Porém, ao sair sem atender a imprensa, Habib não falou sobre a cadeia de suprimento da JAC na Bahia.
O presidente do conselho de administração da JAC, o chinês An Jin, se disse satisfeito com o curto período no qual a empresa se tornou conhecida dos brasileiros ao ponto de anunciar a construção de uma fábrica. O executivo garantiu ainda que a montadora chinesa trará novas tecnologias ao Brasil e investirá em pesquisa e desenvolvimento.
Após o discurso das autoridades, foi enterrado no terreno da fábrica o primeiro carro trazido pela JAC para o Brasil, em 2011. O modelo J3, com pouco mais de 200 mil quilômetros rodados, foi enterrado repleto de objetos como computadores, celulares, fotos e até mesmo garrafas de refrigerante. O carro será retirado em 2032, quando os chineses já esperam estar muito bem acomodados no mercado automotivo brasileiro.

Por Murillo Camarotto/ Valor Econômico 

PAC só executou 40,4% das obras


Mesmo com a economia brasileira em compasso de espera, refletindo a persistente crise financeira global, o governo aposta na firme recuperação do país no próximo ano. A mais recente manifestação de otimismo da equipe econômica veio ontem (19) do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Homem de confiança da presidente Dilma Rousseff e um dos articuladores do pensamento econômico do Partido dos Trabalhadores (PT), Barbosa afirmou que o Brasil deverá crescer “entre 4% e 5%” em 2013. 
Segundo o secretário, a alta vai ocorrer sem gerar pressões inflacionárias, mesmo que a produtividade das empresas não esteja acompanhando o consumo das famílias. “Por que vamos manter esse crescimento? Primeiro porque o Brasil pode, e segundo porque deve”, enfatizou. Falta combinar com o mercado, que vê o Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas criadas no país) crescendo menos de 4% no ano que vem. 
 
Para justificar o otimismo, o governo anunciou que o investimento — e não mais o consumo das famílias — deverá ser o motor da expansão econômica nos próximos anos. Para isso, confia no sucesso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, de janeiro de 2011 a outubro deste ano, teve apenas 40,4% das obras previstas executadas. 
 
Ontem, durante a divulgação do quinto balanço da segunda fase do programa, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que a determinação é estimular os investimentos, não importa a origem. “Felizmente, deixamos para trás a dicotomia entre investimentos públicos e privados”, disse. 
 
A frase confirma a disposição do governo em angariar parcerias com empresas para tocar projetos de infraestrutura, como ampliação e reforma de portos, estradas, ferrovias e aeroportos. “A nossa presidente (Dilma) quer o pé no acelerador”, avisou a ministra, para quem a execução do PAC 2 “está boa, mas pode melhorar”. 
 
Atrasos
Em pouco menos de dois anos da segunda etapa do PAC, os desembolsos do governo somaram R$ 385,9 bilhões. Quando se levam em conta as ações concluídas, parâmetro que mede a eficácia do programa, a cifra cai para R$ 272,7 bilhões, ou 38,5% das ações previstas para o período de 2011 a 2014. Os atrasos também são uma constante. Na área de transportes, os projetos cujo andamento causa preocupação passaram de 7% para 8% e os que exigem atenção, de 13% para 20%. Em energia, as obras em estágio preocupante são 2%, ante 1% do balanço anterior.
 
Os dados mostram que o governo ainda enfrenta dificuldades em reduzir os gargalos logísticos que prejudicam a competitividade das empresas. Dos recursos aplicados no programa, R$ 155,1 bilhões foram utilizados na construção de habitações populares do Minha Casa, Minha Vida. Com isso, fica ainda mais difícil atingir a meta de elevar a taxa de investimentos na economia dos 18% do PIB previstos para este ano para 20% em 2013.
 
Por Deco Bancillon/ Correio Braziliense

Empresa de máquinas de SC cresce no vácuo das grandes


Estar presente em regiões onde as grandes empresas de máquinas agrícolas demonstram pouco interesse em atuar. É com essa estratégia que a catarinense Budny, fabricante de tratores e implementos voltados à agricultura familiar, inaugura na sexta-feira (30) uma nova unidade de produção e pretende incrementar seu faturamento entre 30% e 40% em 2013. Neste ano, a receita da companhia deverá alcançar R$ 100 milhões, 40% mais que em 2011.
"Nós estamos desbravando novas áreas", diz Carlos Budny, fundador e presidente da companhia. De acordo com ele, em muitas regiões que ficam a pelo menos 300 quilômetros de distância da revenda de máquinas mais próxima há boas oportunidades de negócios. "A gente quer atuar neste vácuo, nesse espaço não percebido pelas grandes empresas", afirma.
Budny, um técnico em eletrônica, criou a empresa há 22 anos. O primeiro equipamento a ser lançado foi um controlador de temperatura para a fumicultura, uma das atividades de sua família. Com as pressões para a redução do cultivo de fumo, partiu para novos mercados com a fabricação de outros implementos e tratores.
Os primeiros tratores - que atualmente são o foco principal da empresa, por atraírem compradores também para implementos - começaram a ser fabricados em 2010. Em 2011, saíram da unidade industrial na matriz, em Içara, região de Criciúma, 150 unidades. Neste ano, devem ser 230. A aposta é tanta no crescimento desse mercado que foram investidos cerca de R$ 30 milhões para a construção de uma nova indústria, também em Içara, com capacidade inicial para produzir cinco unidades por dia e expectativa de chegar a dez no fim de 2013.
Serão produzidos cinco modelos de tratores na nova unidade, com potência entre 25 e 90 cavalos. Os de maior potência (entre 75 e 90 cavalos) são uma nova aposta para diversificar a atuação da empresa, antes focada em tratores com potência de até 50 cv. Hoje, a região Sul ainda representa 70% das vendas da Budny. Mas há revendas em diversas regiões do país, entre as quais o "Mapito" (Maranhão, Piauí e Tocantins) e Rondônia, onde há negociações com o governo estadual para a instalação de uma fábrica da companhia já em 2013.
Apesar da recente mudança de perfil do Programa Mais Alimentos - principal fonte de crédito para a agricultura familiar-, que hoje tem uma demanda menor para a compra de tratores e viu crescer o interesse por implementos e matrizes de animais, Budny ainda vê um mercado crescente para os tratores no programa, à medida que avança a regularização dos imóveis rurais de pequenos produtores, o que garante a eles acesso ao crédito.
Como suas concorrentes, o empresário ressalta que a Budny sempre investiu na diferenciação dos produtos e em estrutura própria de venda e assistência técnica.
Carlos Budny também observa que, por ser relativamente nova, a empresa "digere" melhor os altos custos hoje para a produção de máquinas no Brasil, além de dispor de uma indústria "enxuta". A estrutura de transporte é própria, mas o custo logístico não deixa de ser enorme. O frete para se levar um trator do Sul até Rondônia, por exemplo, é de R$ 5 mil, despesa que a empresa ainda precisa assumir porque está no início de seu projeto de tratores.
"A gente sabe que terá obstáculos, mas acredita que o governo pode ajudar a viabilizar isso. Não dá para conceber porque buscamos empresas de fora e não temos a capacidade de desenvolver um trator", afirma.
O avanço das exportações também é outra meta da Budny. Hoje, os embarques representam apenas cerca de 5% do faturamento total e são direcionados a alguns países da América Latina. Para 2013, a intenção é iniciar as vendas externas para Angola, na África.

Por Carine Ferreira/ Valor Econômico

Pesquisadores desenvolvem motor movido a energia solar


Os engenheiros Matt Bellue e Ben Cooper sempre sonharam em transformar energia solar em algo mais viável e barato e, agora, eles garantem que estão muito próximos disso. Eles fundaram a empresa Missouri Sustainable Energy e começaram a pesquisar tudo o que já tinha sido feito nessa área. 
Optaram então por utilizar um motor padrão movido a gasolina e transformá-lo em um motor de "energia limpa". "No lugar de injetar gasolina ou diesel, nós utilizamos óleo, que é aquecido a 800°F (ou 426°C) usando espelhos parabólicos de coletores solares e será enviado para dentro do cilindro", comentam Bellue e Cooper. 
 
Depois, são adicionadas microgotas de água, que assim que entram em contato com o óleo passam ao estado gasoso. "Quando a água passa de líquido a vapor, ela tem o potencial para aumentar seu volume original em 3 mil vezes e é essa poderosa expansão que impulsiona o motor", acrescentam os pesquisadores. 
 
 
Segundo eles, o projeto, chamado de HydroICE, é totalmente seguro, já que o vapor necessário é gerado dentro do motor onde o trabalho está sendo feito. Eles afirmam ainda que o custo da energia solar sofreria uma redução de até 75% com o novo método e que alcançaria uma eficiência de 15%, o mesmo apresentado pelos painéis fotovoltaicos. 
O sistema irá incluir um separador de óleo e água para que os mesmos possam ser reutilizados.  

Próximos passos
Eles já realizaram alguns experimentos em um motor 2 tempos de 31cc e agora contam com a Missouri State University e Missouri S&T - University of Science & Technology para realizar mais alguns testes e superar dois desafios: encontrar o óleo mais adequado e a melhor forma de isolar o motor para que não haja perda. 
Eles apostam em doações para levar o projeto adiante. Assista ao vídeo abaixo [em inglês]:

 Fonte: CIMM com informações HydroICE

Ações da LLX sobem 8% após acordo com GE

As ações ordinárias da LLX, companhia do segmento de portos do grupo EBX, de Eike Batista, avançam 8,04%, a R$ 1,88, com a maior valorização do Ibovespa após a abertura do mercado. O índice da bolsa avança 0,98%, a 57.094 pontos.
Ontem a companhia e a GE do Brasil assinaram um contrato para a instalação de unidade industrial da GE na retroárea do Superporto do Açu. O contrato terá a duração de 30 anos, renováveis por um período de até 30 anos, segundo fato relevante enviado ao mercado.
A unidade da GE, que estará localizada no Polo Metalmecânico do Complexo Industrial do Açu, terá até 322.489 m² de área total, com o foco nas áreas de petróleo e gás e geração de energia.

Valor Econômico - 29/11/2012 

Setor naval terá US$180 bilhões em encomendas até 2020

Com uma demanda de mais de 600 embarcações entre plataformas, sondas e embarcações especializadas até 2020, o setor naval e offshore no Brasil vive um de seus melhores momentos em muitos anos. Somente com os pedidos dessas embarcações, que atenderão em sua maioria ao setor de óleo e gás, o movimento de recursos será da ordem de US$180 bilhões nos próximos oito anos. 

Segundo Augusto Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), durante o Naval Summit 2012, em 2016, o país terá 37 estaleiros espalhados pelo país, alcançando os 100 mil empregos diretos e alcançando a estabilidade no setor. 

"Queremos construir uma indústria consistente e permanente, como acontece em países como Noruega, Grã-Betanha, Coreia e Cingapura", afirmou. Para ele, o setor vive um "momento mágico", com mercado de longo prazo, apoio da Petrobras e do sistema financeiro, além de uma indústria cada vez mais preparada. 

edação/ Rodrigo Miguez - 29/11/2012 

Estaleiro STX Promar é inaugurado hoje em Suape

Localizado em Ipojuca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, o estaleiro STX Promar foi inaugurado nesta quarta-feira (28). Este é o segundo estaleiro viabilizado pelo Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) em Pernambuco e vai construir oito navios gaseiros, a um custo total de R$ 917 milhões.
De acordo com o presidente do STX OSV Promar, Miro Arantes, o investimento no estaleiro foi de R$300 milhões. "70% das obras já estão finalizadas e iremos iniciar nossas operações em junho de 2013", informou. O estaleiro terá capacidade de processamento de 20 mil toneladas de aço por ano.
Os oito navios encomendados pela Transpetro ao estaleiro serão usados para o transporte de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). São dois navios com 12 m² de capacidade, quatro com 7 mil m³ e dois com 4 mil m³. O primeiro navio construído pelo STX Promar será entregue a Transpetro para início de operações em 2014.
Qualificação de trabalhadores

A solenidade hoje marca o início dos cursos de qualificação de trabalhadores para atuar no estaleiro. Segundo a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE) os curso fazem parte do projeto Polo Naval, que tem por objetivo coordenar a qualificação e o encaminhamento da mão de obra necessária a construção e operação da indústria naval pernambucana. As ações bucam a formação profissional e o ingresso do trabalhador neste novo cenário produtivo do desenvolvimento local.
As primeiras turmas beneficiarão 200 traballhadores nos municípios de Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho.

Redação/ Maria Fernanda Romero - 28/11/2012 

Em uma década, número de importadoras sobe 53% em SC




Lançamento do estudo foi realizado nesta quinta-feira (22), em Florianópolis (Foto: Filipe Scotti)
Na última década, Santa Catarina registrou crescimento de 53% no número de empresas importadoras atuando no Estado. O salto foi de 1.567 em 2001 para 2.411 no ano passado. Os dados estão na publicação "Análise do Comércio Internacional Catarinense 2012", que a Federação das Indústrias (FIESC) lançou na quinta-feira (22), em Florianópolis. Enquanto o número de importadoras registrou forte crescimento, a quantidade de empresas exportadoras se manteve praticamente constante no período, oscilando entre 1,4 mil e 1,6 mil companhias.

O crescimento da demanda interna e a apreciação cambial abriram oportunidades para a importação de mercadorias no Brasil, mostra a publicação. Mas em Santa Catarina outros fatores contribuíram para o crescimento das importações. Um deles foi a ampliação da infraestrutura portuária e o outro foi o programa de incentivos fiscais criado em 2007 pelo governo estadual, o Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de ICMS para produtos importados via portos catarinenses, lembra o diretor de relações industriais da FIESC, Henry Quaresma.

"Espera-se que a publicação possa auxiliar as decisões das indústrias proporcionando melhores condições de competitividade em um ambiente cada vez mais desafiador. Ao mesmo tempo, a FIESC utilizará os principais resultados e conclusões do trabalho para buscar junto às entidades do comércio exterior brasileiro soluções para os entraves que vêm prejudicando o processo de internacionalização do setor produtivo catarinense", afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, na apresentação do documento. 

Ao longo da década, as importações catarinenses, que em 2001 vinham predominantemente da União Europeia (34,5%) e do Mercosul (24,7%), passaram a ser lideradas pela Ásia (43%). "A evolução das importações está em sintonia com as tendências do comércio internacional do período. As compras externas realizadas por Santa Catarina não se destinam totalmente ao Estado, mas entram no Brasil pelos seus portos. Houve um grande aumento no volume de insumos para a indústria, máquinas e equipamentos, além de bens de consumo vindos de países asiáticos nos últimos anos para atender o mercado brasileiro", avalia Quaresma.

Com o substancial incremento de importadoras, as compras catarinenses no exterior cresceram 1.600% nos últimos dez anos. E a participação do Estado no total nacional passou de 1,5% em 2001 para 6,6% no ano passado. Esse quadro explica a perda de cinco posições na participação de Santa Catarina no total das exportações brasileiras. O Estado, que hoje é o 10º no ranking, respondia por 5,2% das vendas internacionais do País em 2001 e fechou 2011 com 3,5%.

O levantamento mostra que Santa Catarina manteve saldo positivo da balança comercial de 2001 a 2005. De 2006 a 2008, o Estado continuou registrando superávit, mas com valores em declínio. A partir de 2009 a diferença entre exportações em importações ficou negativa e em 2011 o saldo registrou déficit de US$ 5,8 bilhões.

A publicação também traz uma pesquisa com empresas de 17 setores industriais, sendo 33% de pequeno porte e 67% de médio e grande portes. Ela mostra que entre as barreiras internas à internacionalização estão as reduzidas economias de escala, o que torna os custos de produção elevados em relação aos concorrentes internacionais; obstáculos de acesso a canais de distribuição em outros países e dificuldades de formar parcerias internacionais. Entre as barreiras externas à internacionalização estão a acirrada concorrência internacional; política cambial desfavorável às exportações brasileiras e o elevado custo do transporte internacional.

Em relação à evolução das quantidades exportadas entre 2007 e 2011, 42% responderam que os volumes estão sendo reduzidos; 27% que estão se mantendo estáveis e 22% têm registrado aumento parcial. "Os dados refletem o acirramento da disputa no mercado internacional, a questão cambial que tirou a competitividade dos exportadores brasileiros e o direcionamento dos negócios para o mercado interno, que apresentou melhor desempenho", diz Quaresma.

Para 48% das empresas pesquisadas, os valores importados representaram até 10% das compras efetuadas. Para 16% das companhias ouvidas, as importações correspondem a 70% das compras globais, mostrando que a indústria também passou a importar com o objetivo de ganhar competitividade.

O levantamento revela que 71% das empresas ouvidas são exportadoras e importadoras. 64% informam que iniciaram as atividades internacionais após 1991, quando o País abriu seu mercado, e 25% afirmaram que têm mais de 30 anos de experiência internacional.

Usimat é pioneira em etanol de milho no país e aumentará produção em 2013


A produção de etanol de milho chegou a 342 mil litros por dia, com utilização de 900 toneladas do grão diariamente

publicado em 27 de novembro de 2012 - 11h19
Produzir etanol de milho já é uma realidade em Mato Grosso através do projeto da Usimat Flex - o primeiro do país -, em Campos de Júlio (545 km de Cuiabá, na região Oeste de MT).
Durante fevereiro deste ano a usina funcionou por 45 dias com o grão como matéria-prima. Os resultados foram positivos e, a partir de 2013, esse período será ampliado para 90 dias.
O gerente industrial da Usimat, Vital Silva Nogueira, contou os detalhes da experiência durante o Workshop Planta Flex, realizado em Cuiabá na sexta-feira (23).
A produção de etanol de milho chegou a 342 mil litros por dia, com utilização de 900 toneladas do grão diariamente - média de 2.6 quilos de milho por litro de etanol.
De acordo com Nogueira, foram investidos R$ 26 milhões para incrementar a estrutura da usina e torná-la flex e os resultados conquistados pela empresa mostram que, além de viabilidade técnica, há a financeira também.
O gerente ainda comentou que os resultados já são satisfatórios apenas se pensando no etanol produzido, mas que é possível agregar ainda mais valor somando subprodutos do processo, como o óleo de milho e o DDG (sigla em inglês para Grãos Secos por Destilação), este último utilizado para alimentação animal.
Nogueira descreveu aos presentes todos os equipamentos adquiridos e o processo completo de implantação, pontuando a facilidade no projeto mecânico e na manutenção. “E nosso objetivo é produzir etanol de cana simultaneamente ao de milho”, acrescentou.
De acordo com a Novazymes, empresa fornecedora de enzimas para a produção do combustível, no Brasil já estão em pesquisa plantas flex nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. Em Mato Grosso existem atualmente nove usinas de etanol em operação, todas utilizando a cana-de-açúcar e apenas a Usimat fazendo uso de milho na entressafra.

Fonte:
 Agrolink

Fábrica da Fibria e Ensyn vai abastecer mercado externo


No início de outubro, a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto anunciou um investimento de US$ 20 milhões para comprar uma participação de 6% na Ensyn Corporation

A unidade fabril que a americana Ensyn e a Fibria pretendem erguer no país, para produção de óleo combustível líquido a partir de biomassa, terá foco inicial nas exportações. Mais adiante, contudo, a ideia é atuar também no mercado brasileiro, ofertando o óleo renovável tanto para refinarias quanto para outras indústrias, como substituto do petróleo. "Nosso plano de negócios prevê o mercado brasileiro e as exportações", disse ao Valor o presidente da Ensyn Corporation, Robert Pirraglia. "O etanol não será um desafio porque nosso produto não é um concorrente direto e pode ser usado em diferentes aplicações", acrescentou.
A companhia americana é proprietária da tecnologia, já comercial, Rapid Thermal Processing (RTP), que permite a obtenção de um óleo combustível renovável que pode ser co-processado em refinarias ou utilizado na indústria para geração de calor e energia. No início de outubro, a maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto anunciou um investimento inicial de US$ 20 milhões para comprar uma participação de 6% na Ensyn Corporation. Na segunda-feira, em Nova York, as duas companhias formalizaram a constituição de uma joint venture, incorporada em Delaware, para operação no Brasil nos próximos anos.
Segundo o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, a primeira unidade fabril da joint venture pode entrar em operação no Brasil em 2015. "O prazo para implantação de um projeto desses é de dois anos. Então, 2015 poderia ser uma boa data", afirmou. Antes disso, a companhia brasileira tem a opção de elevar sua fatia no capital da Ensyn a cerca de 9%, antes que a empresa concretize seus planos de abertura de capital em Nova York, mediante um aporte adicional de US$ 10 milhões.
Esse movimento da Fibria, conforme o acordo acertado em outubro, deverá ser feito antes de a Ensyn realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o que poderá ocorrer ainda em 2013. Mas, de acordo com Pirraglia, uma distribuição pública não é a única alternativa de financiamento em análise pela companhia. "Temos algumas alternativas e muita gente interessada em financiar nossa expansão", contou.
O plano de expansão a que se referiu o executivo contempla a implantação de 20 novos projetos na América do Norte. O investimento médio em uma nova unidade da Ensyn, nos Estados Unidos e no Canadá, gira em torno de US$ 80 milhões. Esse valor, contudo, não pode ser replicado sem ajustes ao mercado brasileiro. Em princípio, a expectativa é a de que a unidade da joint venture seja instalada perto de alguma fábrica ou floresta da Fibria, onde há oferta de biomassa.
Para o principal executivo da Ensyn, Robert Graham, a constituição da joint venture é um primeiro passo em parceria com a Fibria, que começa no Brasil. "O Brasil é e será um importante mercado para o nosso produto. E é muito importante termos uma empresa com o porte da Fibria como parceira", disse.
Tradicionalmente, a expansão da Ensyn tem se concretizado por meio de grandes "fornecedores" locais de biomassa. Na Malásia, por exemplo, a empresa firmou uma aliança estratégica com a Felda Palm Industries, principal produtora de óleo de palma do país do Sudeste Asiático e também acionista da Ensyn. O óleo de palma, de acordo com Pirraglia, também pode representar uma oportunidade para a empresa no Brasil.
Com o aporte de US$ 20 milhões, a Fibria garantiu direitos semelhantes aos de demais acionistas majoritários da empresa, entre os quais Credit Suisse, Impax Asset Management e CTTV Investments, uma divisão da Chevron USA.

Fonte: Valor Econômico

MS já processou 33 milhões de toneladas de cana


A estimativa da Biosul se mantém desde a segunda quinzena de outubro, quando considerou-se uma moagem em torno de 38,6 milhões de toneladas de cana



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No Mato Grosso do Sul, a safra 202/13 já processou 33 milhões de toneladas de cana. O total é 8,4% maior que o mesmo período da safra passada, quando a indústria tinha um volume de 30,4 milhões de toneladas moídas.
Para o presidente da Biosul - Associação dos Produtores de Bioenergia de MS, Roberto Hollanda Filho, as condições climáticas ainda são importantes. "Existe uma recuperação, mas ainda dependemos de São Pedro para garantir a produção que projetamos para a safra 2012/13", explicou.
A estimativa da Biosul se mantém desde a segunda quinzena de outubro, quando considerou-se uma moagem em torno de 38,6 milhões de toneladas de cana, tendo como previsão para a produção de açúcar 1,91 milhões de toneladas; etanol anidro chegando a 507 milhões de litros e hidratado a 1,48 mi de litros.
Com relação a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar, nesses primeiros 15 dias de novembro o valor registrado foi de 133,14 kg, valor 2% maior quando comparado com a mesma quinzena da safra anterior. Já no acumulado, o ATR está em 138,07 kg.

 Fonte: ProCana Brasil

Por que vamos depender da venda do nosso milho para os chineses?


Diversos usineiros e produtores de milho da região Centro-Oeste estiveram reunidos em Cuiabá na última sexta-feira


O objetivo foi discutir a implantação de novas usinas flex, já que em Mato Grosso temos uma em funcionamento, na cidade de Campos de Júlio, ou seja, a produção de etanol de milho já é realidade no Brasil.
Mas aí vem sempre a pergunta: por que produzir etanol de milho? Bem, primeiro porque temos aí uma grande oportunidade de consumo do milho agregando valor regional. Para mostrar a oportunidade que estamos perdendo considere que Mato Grosso produziu 13,9 milhões de toneladas de milho, mas só consumiu 2 milhões, ou seja, houve uma sobra de 11,9 milhões de toneladas. Já o estado de Goiás produziu 7,8 milhões de toneladas e consumiu 4 toneladas do grão, sobraram 3,8 milhões de toneladas. Mato Grosso do Sul produziu 5,7 milhões e consumiu 1,3 milhões de toneladas do total, 4,3 milhões de toneladas de produção excedente.
Como podemos observar, a região Centro-Oeste produziu 27,1 milhões de toneladas de milho para um consumo regional de apenas 7,3 milhões. Esse consumo se concentra, principalmente, na avicultura, suinocultura e nos confinamentos de bovinos e que, embora tenha aumentado ano a ano, não tem acompanhando a capacidade de expansão da produção do milho. Sendo assim tem sobrado quase 20 milhões de toneladas do cereal no Centro-Oeste.
Neste ano o Brasil exportou 21 milhões de toneladas de milho, exportação que ocorreu graças à quebra mundial na produção do grão, sobretudo nos Estados Unidos, o que fez com que o Brasil pudesse colocar a preços remuneradores o excedente da produção nos portos, caso contrário teríamos armazéns abarrotados com em anos anteriores. Lembrando que mesmo exportando este volume expressivo, ainda temos milho sobrando no Brasil. O problema é que ele está em Mato Grosso e custa muito caro levar uma carga de milho do Estado para os portos ou para Santa Catarina, onde está faltando.
Na safra de 2011/2012 o Brasil teve uma oferta global de 84,1 milhões de toneladas, incluido estoques de passagem e produção, mas consumiu apenas 52,5, ou seja, sobraram 31,6 milhões de toneladas. E o pior é que no Centro-Oeste poderíamos ter produzido mais 14 milhões de toneladas. Claro que não produzimos porque teríamos um sério problema de preço por dois motivos principais: não teríamos como consumir tudo internamente, além do que teríamos que exportar todo o produto pelas rodovias do Brasil ao custo do frete mais caro do mundo.
Para se ter uma ideia, hoje o milho em Mato Grosso está a um preço médio, em Sorriso, de 18 reais, e custa 14 reais para levá-lo ao porto. Ou seja, a cada três sacas que enviamos ao porto duas são para pagar o frete. Isto logicamente porque nosso transporte é predominantemente rodoviário, se tivéssemos mais ferrovias e hidroviárias e se soubéssemos explorar adequadamente cada modal de acordo com a distância a ser percorrida (curtas de caminhão e longas de trem e barcaças) este custo seria muito menor: a cada três sacas gastaríamos uma em frete ou até menos.
Diante desse cenário, uma das grandes alternativas para agregarmos valor ao milho do Centro-Oeste é utilizá-lo, em parte, nas usinas de cana-de-açúcar onde - com uma ampliação - conseguimos produzir etanol, DDGs e óleo. Hoje com uma tonelada de milho podemos produzir até 240 kg de DDGs (que são os grãos secos de destilaria, produto excelente para ração animal), outros 395 litros de álcool e ainda 20 litros de óleo.
Diversos usineiros estão vislumbrando a produção do etanol de milho, uma vez que agrega valor industrial, possibilita que a usina ao invés de ter atividade industrial por apenas seis meses possa chegar a operar quase o ano todo. Isto, sem dúvida, reduz os custos operacionais do próprio etanol de cana, já que tem outro produto dividindo os custos. Como prova da viabilidade do modelo, já existem duas novas usinas flex em fase de aquisição de equipamentos, uma em Mato Grosso e outra em Goiás.
A produção de etanol de milho regionalmente seria um grande benefício segundo a Célere Consultoria. Para cada 1 milhão de tonelada de milho transformada em etanol e DDGs teríamos uma receita anual de 700 milhões de reais, o que geraria 180 milhões de impostos ao Estado e 150 novos empregos diretos. Sem dúvida, é uma grande iniciativa e que merece apoio do governo.
Este é o questionamento que faço: vamos ficar dependendo da China consumir nosso milho ou vamos fazer como os norte-americanos e encontrar uma alternativa que agregue valor e nos tire da total dependência do mercado externo? Claro que o etanol tem seus problemas, mas qual cadeia neste país não tem?
A nossa prioridade deve ser buscar soluções, cobrar do governo uma política para os biocombustíveis, afinal este governo posa de ambientalista, mas tem sua política voltada ao combustível fóssil e rodovias, e nós brasileiros pagamos a conta perdendo uma grande oportunidade de crescermos e sermos muito mais competitivos. Imaginem o Brasil com ferrovias, hidrovias, uma política energética sustentável com real apoio aos biocombustíveis, sou otimista vamos chegar lá.
* Glauber Silveira é engenheiro agrônomo, produtor rural, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil)

Fonte: Portal do Agronegócio

Raízen define em 2013 plano para etanol de 2ª geração


"Queremos sair na frente na produção em escala comercial do etanol celulósico no Brasil", afirma Pedro Mizutani


Há pelo menos dois anos sem anunciar grandes aquisições ou projetos no segmento de açúcar e etanol, a Raízen Energia, divisão sucroenergética da Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, vem restringindo seus investimentos ao campo operacional, na área agrícola e em ajustes industriais, visando ganhos de eficiência. Com capacidade para processar 65 milhões de toneladas de cana-de-açucar por safra, a companhia poderia, apenas com projetos de construção de usinas ainda engavetados, alcançar 100 milhões de toneladas por safra em moagem de cana, não fossem as condições ainda instáveis no mercado de etanol.
Mas a parcimônia com os investimentos na chamada primeira geração do biocombustível não deverá se estender à segunda geração. O vice-presidente da Raízen Energia, Pedro Mizutani, afirmou ao Valor que a empresa deverá finalizar no ano que vem as diretrizes de um grande projeto de produção de etanol celulósico a partir do bagaço e da palha da cana resultante do próprio processo do etanol de primeira geração.
Há cerca de três meses, a companhia começou a enviar sistematicamente matéria-prima (bagaço e palha) para a planta de demonstração da Iogen, empresa na qual tem participação. Segundo Mizutani, a unidade, com sede no Canadá, desenvolve há mais de 20 anos pesquisas em etanol celulósico, usando sabugo de milho e trigo. Os testes da Raízen em segunda geração, conforme ele, também envolvem a Codexis, empresa de pesquisa que foi herdada da Shell após a formação da joint venture, mas que tem foco principal no desenvolvimento de enzimas para produzir o biocombustível.
A planta de demonstração da Iogen tem capacidade para produzir 2 milhões de litros de etanol celulósico por ano. Após finalizados os testes, a Raízen quer implantar em suas unidades do Brasil plantas industriais para fabricar 40 milhões de litros anuais. Mizutani acrescenta que o projeto da Raízen para etanol celulósico também usará tecnologia do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), empresa brasileira de pesquisa na qual a companhia tem participação.
Os detalhes do projeto do etanol celulósico, bem como o valor do investimento na empreitada, ainda estão em fase de definição, mas as decisões devem ser tomadas mesmo no ano que vem, garante Mizutani. "Queremos sair na frente na produção em escala comercial do etanol celulósico no Brasil", afirma o executivo.
Essas decisões serão tomadas em um contexto em que a produtividade do etanol de primeira geração está com crescimento estagnado, o que eleva os custos. Os preços do biocombustível seguem ainda deprimidos, espremendo as margens de lucros.
Nesta temporada, a Raízen deverá moer entre 55 milhões e 56 milhões de toneladas de cana e produzir 4,1 milhões de toneladas de açúcar e 4,1 bilhões de litros de etanol. Ainda assim a empresa ficará abaixo de sua capacidade instalada de processamento de cana, que chega a 65 milhões de toneladas por safra.
Todas as unidades industriais deverão concluir a moagem de cana na safra atual até 22 de dezembro. Se o clima do próximo mês for de pouca chuva - ou seja, favorecer a colheita -, a Raízen encerrará a safra com 400 mil a 500 mil toneladas de cana em pé. Se as precipitações forem mais constantes, esse volume de matéria-prima não processada poderá chegar a 800 mil toneladas, conforme Mizutani.
As 24 unidades industriais da Raízen Energia tendem a processar no próxima temporada, a 2013/14, um volume de cana cerca de 10% maior que o de 2012/13 - algo entre 59 milhões e 60 milhões de toneladas, conforme informações do vice-presidente.
Para Mizutani, a remuneração em 2013 para o açúcar - neste momento mais baixa do que há um ano - vai depender do que ocorrerá sobretudo com a produção da Índia e com a demanda chinesa. "Provavelmente os indianos terão uma safra menor e ajudarão a compensar a maior safra no Brasil. A demanda chinesa poderá fazer a diferença em 2013". Mizutani aposta em preços internacionais do açúcar entre 18 centavos e 22 centavos de dólar por libra-peso, intervalo praticado atualmente.
Para Mizutani, haverá também uma produção maior de etanol no Brasil que, espera-se, seja em parte absorvida pela volta do percentual de mistura de anidro na gasolina de 20% para 25%. "O aumento natural do consumo de hidratado, proveniente da maior frota de carros flex, também deverá consumir um volume adicional, e o mercado externo deve trazer boas remunerações".

Fonte: Valor Econômico

Brasil tem 40 projetos de etanol congelados, diz secretário de desenvolvimento do Rio


Bueno criticou também a falta de leilões de blocos de petróleo no país, que segura o crescimento da economia


Na abertura do seminário sobre gás natural do promovido pelo governo do Estado do Rio, o secretário de Desenvolvimento e Energia, Júlio Bueno, disse que o país tem cerca de 40 projetos para expansão da produção de etanol congelados pela falta de competitividade do preço.
Segundo ele, a informação foi dada pelo presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio Vieira, que integra o Conselho de Administração do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). "Ontem conversei com o Eduardo Eugênio, que faz parte do Conselho do BNDES, e ele que disse que tem 30, 40 projetos congelados de etanol, porque ninguém vai colocar dinheiro com um preço do etanol que não é viavel", afirmou.
Com o congelamento dos preços da gasolina pelo governo e uma safra fraca de etanol, o consumidor tem preferido abastecer com gasolina, o que não estimula o aumento de produção do combustível.
Bueno criticou também a falta de leilões de blocos de petróleo no país, que segura o crescimento da economia. "Nunca tivemos condições macroeconômicas tão grandes nesse país para crescer, usando o bordão do Lula. Condições macroeconômicas tão grandes para crescer, e nós estamos tropeçando nas próprias pernas, e o setor de energia está sendo o símbolo desse tropeção", disse Bueno.
Ele lembrou que além da falta de leilões, o país passa por problemas trazidos pela mudança também nas regras do setor de energia elétrica e que o congelamento de preços da gasolina estaria sufocando os investimentos da Petrobras. "Tudo isso está parado e o Brasil crescendo apenas 1,5%. O congelamento do preço da gasolina tem tirado o fôlego do nosso principal palyer de energia que é a Petrobras, diminuindo a velocidade dos seus investimentos, isso tem impacto direto na economia brasileira", afirmou.
"Tem o lance da energia elétrica também, eu concordo do ponto de vista da economicidade, mas eu não concordo com a forma como foi feita, a gente saiu da posição 1 para a 1000 em um segundo, gerando desconforto para todas as empresas do setor que se refletiu na bolsa de valores", completou.

 Fonte: Folha Online

Tabaco energético é sustentável e alternativa para biocombustível


O objetivo é proporcionar uma alternativa para o produtor de tabaco através do aproveitamento das sementes para a fabricação de óleo vegetal

Tabaco energético é a aposta das empresas italiana Sunchem e a gaúcha M&V Participações. Uma iniciativa inédita no Brasil e já realiza a primeira colheita do tabaco energético em uma área experimental de 10 hectares na localidade de Rincão Del Rey, município de Rio Pardo, Rio Grande do Sul
O objetivo é proporcionar uma alternativa para o produtor de tabaco através do aproveitamento das sementes para a fabricação de óleo vegetal e, consequentemente, de biodiesel ou bioquerosene de aviação, ração animal e biomassa para geração de energia.
A Sunchem já investiu mais de 10 milhões de euros na Itália no desenvolvimento desta tecnologia. “No Brasil, a M&V já investiu 1,5 milhão de reais e pretende investir mais 20 milhões nos próximos 10 anos. Nosso plano é construir a primeira indústria no sul do Brasil - Sunchem South Brazil - com produção de 250 mil toneladas do tabaco energético ao ano”, explica o sócio executivo da M&V Participações, Sérgio Detoie Cardoso Martins.
De acordo com Detoie, não há lavoura mais rentável que a do tabaco para o fumo. “Nosso foco é assistir o produtor de tabaco para ter uma renda adicional na área de diversificação da lavoura. Hoje, a área média de um produtor de tabaco é de 16 hectares, onde dois deles são destinados à produção de tabaco para o fumo e outros 14 para outras aplicações. O objetivo é dar ao produtor a oportunidade de utilizar um percentual desta área de diversificação para produzir o tabaco energético. Em nenhum momento competimos com a indústria fumageira”, esclarece Sérgio.
No país, o projeto do tabaco energético é desenvolvido desde 2010. De acordo com Detoie, a Itália é o país mais avançado no assunto e já desenvolveu diversas aplicações para o óleo. “Uma delas que está sendo comprovada é o bioquerosene de aviação. O produto indica ter características físico-químicas muito vantajosas já que seu ponto de congelamento é bastante inferior às alternativas disponíveis no mercado. Como consequência, a energia utilizada para manter o combustível no estado líquido a baixíssimas temperaturas em altitudes de cruzeiro é bem menor”, ressalta Detoie. Atualmente, a tecnologia está sendo testada também nos EUA, Norte da África e várias regiões da Europa. O Brasil possui algumas vantagens competitivas muito promissoras para ser um grande produtor de tabaco energético. “Hoje, o Brasil já é considerado um dos maiores produtores de tabaco, é altamente desenvolvido no setor agrícola e desfruta de políticas favoráveis ao uso do biocombustível”, salienta Sérgio Detoie.
Para os próximos cinco anos, a Sunchem e a M&V Participações pretendem alcançar uma área de cinco mil hectares para produzir 15 milhões de litros de biocombustível. Uma boa alternativa para reduzir a dependência da principal matéria-prima para a fabricação do biocombustível: soja.
Outra matéria prima que veem se destacando para reduzir a dependência da soja é o milho. “O problema, no entanto, é que o milho é um produto com baixa rentabilidade na produção de combustível e seu uso nesta aplicação aumenta o seu preço e de outros alimentos, como resultado de uma simples análise de oferta e demanda. No mundo há um grande desafio: alimentar uma população que pode chegar em 2050 com nove bilhões de pessoas. Entendemos que o milho deve ser utilizado para alimentar as pessoas e não os veículos”, ressalta Detoie.
Case do tabaco energético – O projeto do tabaco energético iniciou em 2011 no Brasil. A primeira colheita de porte para processamento industrial na América Latina está acontecendo na propriedade de Nelson Tatsch em Rio Pardo (RS) e deve se estender por mais alguns dias. Para conhecer a resistência da planta de tabaco energético, esta lavoura teste foi desenvolvida no período contrário ao período recomendado para a planta do tabaco. As mudas foram transplantadas nos meses de abril e maio e resistiram às geadas nos dias 6 e 7 de junho, bem como às condições impostas pelo inverno gaúcho. “Apesar dos desafios climáticos, a planta do tabaco energético cresceu e produziu as sementes esperadas em condições adversas nas quais a planta de tabaco para fumo não sobreviveria. Ainda não existem dados conclusivos sobre a produtividade, mas há um reconhecimento notório sobre a planta ser muito robusta. Além da manutenção da lavoura existente, temos planos para expor em março de 2013, na feira Expoagro, uma lavoura de aproximadamente 600 metros quadrados”, complementa.
Histórico da Sunchem – A Sunchem é uma empresa criada para o desenvolvimento e aproveitamento do tabaco energético, sediada na província de Parma, na Itália, e fundada em 2007 a partir da também italiana Idroedil. Para entender a Sunchem é preciso saber um pouco sobre a Idroedil. Fundada nos anos 70, a empresa do dr. Carlo Ghilardi demonstrou desde sempre que tem uma visão de longo alcance, focada na tecnologia sustentável, pois já na época começou trabalhando com gestão de resíduos e produção de energia de fontes renováveis. Há 30 anos, a Idroedil já gerava aquecimento de estufas a partir de lixo urbano sólido, estando assim à frente do seu tempo.
A Sunchem nasceu com inovação e sustentabilidade em seu DNA. Paralelamente corre a história da Plantechno, laboratório comandado pelo professor Corrado Fogher, professor de genética agrícola na Universidade de Piacenza. A Plantechno representa o lado científico do empreendimento e força motriz da pesquisa sobre o tabaco. Desde 1990 o professor e sua equipe vêm efetuando análises genéticas na planta do tabaco. Em 2003 foi aprimorada uma variedade sem nicotina, sem transgenia, rica em óleo, com potencial econômico extremamente vantajoso. Estas características tornam a variedade única em seu gênero e amplamente aproveitável. Estava criado o embrião do produto tabaco energético. Em 2007, Plantechno e Idroedil criaram a Sunchem e passaram a uma fase de testes em escala mundial.

 Fonte: Portal do Agronegócio

Aumentam empréstimos para renovação de máquinas e equipamentos agrícolas


André Ricci

Redução da taxa de juros deve elevar contratações por meio do Programa de Sustentação de Investimento nos últimos dois meses do ano.ore Sharing Services



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Em 2012, entre julho e outubro deste ano, os empréstimos para aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e estruturas de armazenagem totalizaram R$ 2,5 bilhões. As negociações, feitas por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), foram 23% maiores comparando com o mesmo período de 2011. O total financiado representa 42,6% dos R$ 6 bilhões disponíveis entre julho deste ano e junho de 2013.
Segundo o Departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a expectativa é de crescimento ainda maior no levantamento de novembro, período em que passou a vigorar a redução da taxa de juros desse tipo de operação de 5,5% para 2,5% ao ano até 31 de dezembro de 2012.
A avaliação atualizada mensalmente das contratações do crédito agrícola é realizada pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

Wilson Sons investe R$ 180 milhões e inaugura expansão em Salvador

Valor Econômico - 28/11/2012 

A Wilson Sons inaugura, na sexta-feira, a expansão do Tecon Salvador, terminal de contêineres da empresa na Bahia. Com investimentos de R$ 180 milhões, o terminal vai dobrar de capacidade, e terá condições de receber navios maiores, acima de 6,5 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés), e atenderá, com serviços logísticos adequados, as exportações de frutas da Bahia e de Pernambuco, disse o presidente da Wilson Sons no Brasil, Cezar Baião.
 
Parte das frutas produzidas na região de fruticultura irrigada do Vale do São Francisco sai hoje por Pernambuco e Ceará. A aposta da empresa é capturar parcela desses volumes. "A expansão [do terminal] é importante para a Bahia e para os exportadores baianos", disse o executivo. No total, os investimentos no Tecon Salvador chegam a R$ 260 milhões, considerando a expansão e outros R$ 80 milhões investidos desde que a empresa assumiu o terminal, em 2000. No outro terminal de contêineres da empresa, em Rio Grande (RS), foram investidos R$ 400 milhões. Os investimentos da Wilson Sons no segmento alcançam R$ 660 milhões.

Baião disse que a companhia tem interesse em novas licitações de terminais de contêineres. "Temos até plano de negócios para o novo terminal de contêineres de Suape", disse Baião. Ele mostrou-se otimista em relação ao pacote para os portos que vem sendo discutido pelo governo: "Temos a expectativa de que o governo vai respeitar os contratos e não haverá mudanças na lei dos portos porque eventuais mudanças tenderiam a afastar investidores", analisou o executivo.

As obras no Tecon Salvador se estenderam por dois anos. Os investimentos incluíram serviços de pavimentação, expansão e reforço de cais e compra de equipamentos. A capacidade dobra em relação a 2010, quando o terminal podia movimentar 250 mil TEUs por ano. Com a compra de equipamentos, o Tecon Salvador ampliou a capacidade, em fase intermediária do projeto, para 300 mil TEUs/ano, volume que agora chega a 530 mil TEUs/ano.

Baião disse que os investimentos em equipamentos incluíram três 'portêineres' e seis pontes rolantes sobre rodas utilizadas na movimentação de contêineres em pátios, conhecidas como RTGs. Os RTGs e os portêineres, equipamentos responsáveis pela movimentação de contêineres entre o pátio e o navio, foram comprados na China. O Tecon Salvador passa a contar com um cais principal, com 377 metros de comprimento e 14 metros de profundidade, e outro berço, com 240 metros de extensão para atender os serviços de cabotagem, a navegação na costa brasileira. Baião disse que os navios de contêineres que passam a escalar os portos brasileiros, com até 9 mil TEUs de capacidade, poderão atracar em Salvador.

Os principais produtos movimentados no terminal são químicos e petroquímicos, celulose, minérios, siderúrgicos e metálicos, frutas, café, componentes, couro e alimentos e bebidas. O terminal tem apostado no transporte de novas cargas no longo curso, incluindo algodão, piaçava, soja em grão, laranja in natura e manganês. Os principais armadores escalam o terminal na cabotagem e no longo curso.

Baldin fechará safra com moagem acima do previsto


Da redação

O aumento também é visto na parte de geração de energia, que 40 dias antes do encerramento do ciclo, comemora o cumprimento do compromisso comercial assumido




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O Grupo Baldin deve encerrar a safra 2012/13 no próximo dia 14 de dezembro, com uma moagem de 13,7% acima da safra anterior. O aumento também é visto na parte de geração de energia, que 40 dias antes do encerramento do ciclo, comemora o cumprimento do compromisso comercial assumido com um grande player do mercado.

Já para a próxima safra, a direção da Baldin prevê que a moagem será 20% acima da atual, sendo que os investimentos no plantio e nas soqueiras permitirão um crescimento de 10,5% nas produtividades agrícolas, alcançando 86 toneladas por hectare.
Considerando os anos de 2011 e 2012, o acumulado das produtividades agrícolas é de 30,30%.
Para os executivos do Grupo, toda essa evolução só se tornou possível graças ao início do processo de governança corporativa, assessorada por consultoria especializa e, também, ao apoio de seus fornecedores, prestadores de serviços, parceiros comerciais e colaboradores.