Bolsa de Valores

ALLL11 +0.67%AMBV4 0.51%BTOW3 3.09%BVMF3 0.2%BBDC4 0.56%BRAP4 0.83%BBAS3 0.31%BRTO4 0.95%BRKM5 0.09%BRFS3 0.56%CCRO3 0.06%CMIG4 0.31%CESP6 0.4%CPLE6 0.65%CSAN3 0.38%CPFE3 0.32%CYRE3 -0.73%DTEX3 -0.31%ELET3 0.82%ELET6 1.94%ELPL6 -0.13%EMBR3 0.22%FIBR3 1.21%GFSA3 1.12%GGBR4 0.42%GOAU4 0.43%GOLL4 1.96%ITSA4 0.35%ITUB4 0.41%JBSS3 1.05%KLBN4 -1.49%LIGT3 0.42%LLXL3 -0.45%LAME4 0.93%LREN3 0.69%MMXM3 -0.16%MRVE3 -0.72%NATU3 0.41%NETC4 -1.05%OGXP3 -1.6%PCAR5 +2.72%PDGR3 0.92%PETR3 0.73%PETR4 0.71%RDCD3 0.19%RSID3 -2%SBSP3 -0.58%CSNA3 0%CRUZ3 -0.19%TAMM4 6.72%TNLP3 4%TNLP4 0.05%TMAR5 -1.69%TLPP4 -2.21%TCSL3 +0.43%TCSL4 +0.13%TRPL4 -0.71%UGPA4 -0.71%USIM3 0.33%USIM5 -0.76%VALE3 0.66%VALE5 0.76%VIVO4 -0.21%
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Amsterda AEX -0.02%All Ordinary Index 0.17%AMEX 0.84%DAX 0.23%FTSE 100 0.15%IBEX35 0.23%Kospi Composite -0.66%MERVAL 0.00%NASDAQ 0.36%NIKKEI -1.02%Paris CAC 40 -0.03%PSI20 -0.88%Shanghai SE -0.66%Dow Jones Ind Avg 0.37%
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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

As corretoras mais processadas pelos clientes


CVM divulga boletim com as principais reclamações e as instituições mais processadas no segundo semestre de 2011


Mesa de operações de uma corretora
Problemas na compra e venda de ativos em Bolsa ainda são o principal motivo de processos
São Paulo – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou, nesta segunda-feira, oBoletim de Atendimento ao Público referente ao segundo semestre de 2011, com as instituições que mais sofreram processos no período e os principais motivos de reclamações dos investidores. Desta vez, o ranking levou em conta também as instituições de forma isolada, separadas dos conglomerados bancários a que pertencem, o que permite um recorte mais preciso.
ColocaçãoInstituiçãoNº de processos no 2º semestre de 2011%Nº de processos de julho de 2009 a julho de 2011%
1Gradual254,62221,04
2XP Investimentos234,25562,65
3Banco Bradesco S/A173,141908,98
3BB Banco de Investimento173,14693,26
4Itaú Unibanco S/A142,59733,45
4Banco do Brasil S/A142,59552,60
5Banco Santander S/A101,85482,27
5Ágora101,85442,08
5Laep Investiments101,85271,28
As nove instituições que ocupam as cinco primeiras posições entre as mais reclamadas acumulam 140 dos 541 processos abertos no período, cerca de um quarto do total. São levadas em conta apenas as reclamações que motivam abertura de processo administrativo, ou seja, quando a questão levada pelo investidor à CVM não for solucionada diretamente com a instituição. Isso porque, assim como ocorre com reclamações feitas aos Procons, as instituições têm chance de resolver o problema antes que seja aberto de fato um processo.
Ordenadas por conglomerados, as cinco instituições mais reclamadas são, nesta ordem, os conglomerados Itaú Unibanco e Banco do Brasil (empatados em primeiro lugar com 32 processos), conglomerado Bradesco (31 processos), Gradual (25 processos), XP Investimentos (23 processos) e conglomerado Santander (17 processos). Os conglomerados reúnem todas as instituições dos grandes bancos, como holding, corretora e asset, por exemplo.
Já os principais motivos de reclamações disseram respeito à negociação com valores mobiliários e aos fundos de investimento, conforme a tabela:
MotivoNº de processos no 2º semestre de 2011%Nº de processos de julho de 2009 a julho de 2011%
Negociações com valores mobiliários18133,4678937,29
Fundos de investimentos6612,2040619,19
Ofertas irregulares336,101205,67
Posição Acionária285,1826612,57
Fato Relevante254,62492,32
Medidas adotadas por controlador e/ou administrador de companhia193,51743,50
Dos processos abertos por conta de problemas na negociação de valores mobiliários, 88% dos casos, ou 160 processos, disseram respeito a reclamações na compra e venda de ativos em bolsa, principalmente inexecução total ou parcial das ordens, realização de operações sem anuência dos clientes, demora na atualização de dados cadastrais e cobrança de taxas indevidas. Em 53% dos casos, o canal de transmissão das ordens problemáticas foi telefone ou outro canal de voz, e em apenas 19% dos casos as ordens foram transmitidas via home broker.
Quanto aos fundos de investimentos, 41% das reclamações trataram de problemas no atendimento a investidores que buscavam informações sobre aplicações em fundos 157. Os demais casos envolveram questionamentos sobre a correção de procedimentos adotados por administradores no resgate de investimentos, na gestão de carteira e em negociações realizadas no mercado.
O quesito “Oferta Irregular” diz respeito a ofertas de valores mobiliários ou serviços (como consultoria, intermediação, análise de investimentos e administração de carteiras) de forma irregular. “Posição acionária” se refere à dificuldade de os investidores obterem informações sobre seus investimentos ou à existência de divergências entre o acionista e a companhia ou o prestador de serviço de ações escriturais quanto à posição acionária após períodos em que tenham ocorrido eventos como grupamento e desdobramento de ações.
O quesito “Fato Relevante” diz respeito às reclamações normalmente provocadas por alterações percebidas como atípicas e adversas nas cotações de determinadas ações, em que os investidores apontaram como causa o atraso na prestação de informações periódicas ou a inadequada divulgação ao mercado de alguns eventos considerados relevantes. Finalmente, o último quesito da lista se refere a reclamações contra decisões ou atos praticados por administradores ou acionistas controladores.
O número de processos aberto em 2011 foi ligeiramente maior do que o número de processos abertos em 2010, mas ainda foi menor do que nos anos de 2007, 2008 e 2009. Em todo ano de 2011 foram abertos 1.046 processos, contra 975 em 2010, 1.143 em 2009, 1.336 em 2008 e 1.420 em 2007.
Outro lado
Gradual Investimentos, corretora que concentrou maior número de reclamações isoladamente, declarou em nota que fez uma análise crítica rigorosa de todas as reclamações recebidas via SAC, Ouvidoria e CVM de forma a rever seus processos internos e aperfeiçoá-los, o que acarretou inclusive no descredenciamento de alguns agentes autônomos que não estavam cumprindo com decisões normativas.
A instituição atribui o grande número de processos ao fato de ter sido a corretora que mais lançou novos produtos em 2011 (“é normal que o número de reclamações cresça devido às dúvidas”) e também ao fato de ter lançado uma versão mais atualizada de seu home broker, desativando o plano comercial que atendia a plataforma antiga, “mudança que gerou insatisfação de alguns clientes”.
XP Investimentos diz, em nota, que desenvolveu uma área de qualidade, cuja atribuição principal é esclarecer dúvidas e resolver questões dos clientes, a fim de tornar os processos mais eficientes. “Além disso, a empresa realiza treinamentos periódicos com sua base de agentes de investimentos e investe massivamente na aquisição de ferramentas tecnológicas que permitam um controle cada vez mais rígido dos processos”, afirma a corretora em nota.
Em nota, o Bradesco afirma que “é constante o investimento do Bradesco no sentido de aprimorar os procedimentos para atender todos os investidores de forma a garantir qualidade na prestação de informações e rapidez no atendimento. O resultado foi a redução do número de manifestações quando comparado com o levantamento anterior.” O conglomerado Bradesco teve 31 processos no segundo semestre, contra 49 no primeiro semestre.
O banco Santander diz, em nota, que “investe permanentemente no aprimoramento de processos e treinamentos para oferecer o melhor atendimento, assessoria e ferramentas para seus clientes”, colocando à disposição dos investidores os Serviços de Apoio ao Cliente para que possam reportar eventuais falhas a fim de que sejam corrigidas o mais rápido possível.”
Já o BB afirma em nota que as reclamações referentes à distribuição e intermediação de negócios mobiliários foram devidamente esclarecidas para a CVM e para os clientes, não havendo nenhum processo atualmente pendente de solução. O banco diz ainda que continua atento às reclamações dos investidores visando proporcionar um atendimento de qualidade.
Laep Investments diz que não vai dar nenhuma declaração sobre o tema. A reportagem ainda aguarda os posicionamentos da Ágora e do Itaú Unibanco.


Consumo de famílias deve crescer 13,5% em 2012


A região Norte é a que possui o maior potencial de expansão, de 26,5%, aponta estimativa do Ibope Inteligência

AGENCIA ESTADO

São Paulo. O consumo das famílias deve aumentar 13,5% no País
em 2012 e atingir R$ 1,3 trilhão, o equivalente a 30% do Produto Interno
Bruto (PIB), de acordo com estimativa do Ibope Inteligência.
A região Norte é a que possui o maior potencial de expansão, de
26,5%, segundo o Ibope Inteligência. Essa é também a região com a
menor participação no consumo do País, com apenas 5,2%.
Em segundo lugar, a região com maior potencial de crescimento é o
Nordeste, com 24,1%. Depois, aparecem a Região Sul, com 19,7%;
Centro-Oeste, com 19,4%; e, por fim, Sudeste, com 6,5%. O Sudeste
representa 53,5% do consumo no País atualmente.
De acordo com o Ibope Inteligência, 27,3% dos CDs e DVDs serão
consumidos pela classe A neste ano; bem como 25,7% dos produtos
financeiros, 25,3% dos artigos de decoração e 25% dos veículos.
Combustíveis e ensino serão os principais gastos da classe B, que
será responsável por 58,3% do consumo desses itens. Também se destacam
no consumo da classe B o cinema, com 54,6%; serviços automotivos, 53,8%;
e artigos esportivos, com 53%.
A classe C será responsável por praticamente metade do consumo de
mercearia, matinais, tabaco e acessórios e carnes e derivados. As
classes D/E devem representar 13% do consumo de mercearia e cigarros e
12% de calçado infantil, matinais, carnes e derivados.

Eldorado Brasil planeja mais três fábricas de celulose até 2020


A empresa quer se beneficiar das complicações que podem envolver os projetos de concorrentes como Fibria e Suzano Papel e Celulose para ganhar espaço no mercado

AGENCIA ESTADO

São Paulo. A pretensão da Eldorado Brasil de ser uma das maiores fabricantes de celulose do mundo tem como pano de fundo o momento difícil pelo qual passam as principais fabricantes do insumo no País.
Com um projeto de erguer três fábricas de celulose (a primeira já entra em operação este ano) em menos de dez anos e alcançar capacidade instalada de até 5 milhões de toneladas anuais em 2020-2021, a Eldorado quer se beneficiar das complicações que podem envolver os projetos de concorrentes como Fibria e Suzano Papel e Celulose para ganhar espaço no mercado.
O Brasil fabrica cerca de 14 milhões de toneladas anuais de celulose e deverá alcançar produção de mais de 20 milhões de toneladas até o fim da década. A primeira unidade de celulose da Eldorado, em construção no município de Três Lagoas (MS) e início de operação previsto para novembro, já se beneficia do momento adverso das concorrentes. Pressionadas pela elevação do endividamento e pela retração da demanda mundial por celulose entre o fim de 2008 e o começo de 2009 e, depois, no segundo semestre de 2011, Fibria e Suzano enfrentam dificuldades para definir o cronograma de seus projetos.
A Suzano já postergou o início previsto das fábricas a serem construídas no Maranhão e no Piauí, e a Fibria ainda não definiu os primeiros passos de expansão desde sua criação, em setembro de 2009. Por conta disso, a fábrica da Eldorado chegou ao mercado em um momento de escassez de novas capacidades. A mais recente fábrica de celulose construída no Brasil entrou em operação em março de 2009, também em Três Lagoas.
O projeto idealizado pela Votorantim Celulose e Papel (VCP) é um dos principais ativos da Fibria, empresa resultante do processo de união entre VCP e Aracruz. O próximo projeto brasileiro a entrar em operação após a fábrica da Eldorado deve ser a unidade da Suzano no Maranhão, com produção prevista para o fim do próximo ano.
Antes disso, ainda no primeiro semestre de 2013, deve entrar em operação a unidade de celulose da sueco-finlandesa Stora Enso e da chilena Arauco, construída no Uruguai. Entre 2014 e 2020 também estão previstos outros projetos que, entretanto, podem ter o cronograma postergado, conforme análises de técnicos da Eldorado.
Nesse cenário, a Eldorado surge como uma empresa capaz de crescer, destaca o novo presidente José Carlos Grubisich. "A Eldorado, por sua estrutura de capital sólida, por nascer com um balanço limpo e adequado e por não ter o peso de uma dívida alta, poderá utilizar sua capacidade de geração de caixa para financiar os programas de crescimento", disse o executivo, sem citar, contudo, a Fibria e a Suzano.
Grubisich, que estava na ETH, assumiu a empresa há poucos dias com a missão inicial de definir contratos de venda relacionados à primeira fábrica da empresa. O projeto, avaliado em R$ 6,2 bilhões, prevê a construção de uma linha de produção com capacidade anual de 1,5 milhão de toneladas de celulose de eucalipto.
Aproximadamente 60% do montante já foi investido no projeto, que prevê também a construção de um porto na encosta do rio Paraná ao lado da fábrica e de um terminal em Santos, além da compra de locomotivas e vagões para transportar a celulose até a cidade do litoral paulista e da formação da base florestal.
O terminal será próprio para a exportação de celulose, mas o executivo não revelou detalhes de como será estruturado o projeto. "Nossa visão é de criar um novo líder no mercado global de celulose de eucalipto", enfatizou Grubisich. A maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo é a Fibria, com capacidade instalada de 5,2 milhões de toneladas de celulose.
A estrutura societária da Eldorado Brasil, empresa que no fim do ano passado incorporou a Florestal Brasil, com atuação no segmento de terras e plantações, é composta por J&F Holding, MJ Empreendimentos e pelo Fundo de Investimento em Participações (FIP) Florestal. A J&F Holding, da família Batista, controladora do JBS, detém participação direta ou via FIP de 58,4%. O FIP Florestal, que tem entre seus cotistas a Petros e a Funcef, possui 33,1% de participação e a MJ Empreendimentos, do empresário Mario Celso Lopes, detém outros 16,7%.

Aumenta cultivo de amendoim em canaviais


Folha de S. Paulo
A renovação dos canaviais no Estado e o bom preço do amendoim impulsionam a expansão do cultivo do grão em São Paulo.
   Nesta safra, a área de amendoim deve crescer 10%, estimam a Coplana (cooperativa da região de Guariba) e a Camap (da Alta Paulista, na região oeste do Estado).
   O amendoim, assim como a soja e algumas gramíneas, entra na rotação de cultura com a cana-de-açúcar para fazer a manutenção da terra.
   Além de ajudar no controle de ervas daninhas, as culturas equilibram os nutrientes da terra, como o nitrogênio, essencial para o desenvolvimento da cana.
   A expansão do amendoim é creditada à reforma de cana, que parou de ser feita em níveis ideais após a crise de 2008, diz Dejair Minotti, gerente de grãos da Coplana.
   A ausência de renovação nas lavouras de cana levou o setor à pior crise de produtividade dos últimos 24 anos, segundo o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
   O rendimento atual da safra está abaixo das 70 toneladas de cana por hectare, contra 90 t/ha em anos bons.
   Além de ajudar na recuperação da produtividade da cana, Maurício Lou Daneluti, engenheiro agrônomo da Camap, atribui a alta do amendoim aos bons preços.
   O grão está mais rentável que a soja em pequena escala. Um hectare de amendoim rende R$ 4.800, e um de soja, R$ 2.640. O custo de produção, porém, é maior: R$ 2.700, ante R$ 1.500 da soja.
   "A soja precisa de grande escala para ser rentável. Em áreas como as de renovação, o amendoim prevalece", diz Minotti, da Coplana.
   O produtor Waldir de Souza, 42, expandiu a produção do grão de 847 para 871 hectares numa área arrendada em Taquaritinga (SP). Poderia até ter trabalhado em área maior, se tivesse maquinário.
   "Antes eu recebia ligação de umas cinco usinas oferecendo área para plantar [amendoim]. Neste ano, foram dez", afirma Souza.
   O trabalho dele é preparar a terra após a retirada da cana antiga, cultivar o amendoim, colher e entregar o solo no ponto de plantio. A safra do grão no Estado deve fechar com 90 mil hectares.