Bolsa de Valores

ALLL11 +0.67%AMBV4 0.51%BTOW3 3.09%BVMF3 0.2%BBDC4 0.56%BRAP4 0.83%BBAS3 0.31%BRTO4 0.95%BRKM5 0.09%BRFS3 0.56%CCRO3 0.06%CMIG4 0.31%CESP6 0.4%CPLE6 0.65%CSAN3 0.38%CPFE3 0.32%CYRE3 -0.73%DTEX3 -0.31%ELET3 0.82%ELET6 1.94%ELPL6 -0.13%EMBR3 0.22%FIBR3 1.21%GFSA3 1.12%GGBR4 0.42%GOAU4 0.43%GOLL4 1.96%ITSA4 0.35%ITUB4 0.41%JBSS3 1.05%KLBN4 -1.49%LIGT3 0.42%LLXL3 -0.45%LAME4 0.93%LREN3 0.69%MMXM3 -0.16%MRVE3 -0.72%NATU3 0.41%NETC4 -1.05%OGXP3 -1.6%PCAR5 +2.72%PDGR3 0.92%PETR3 0.73%PETR4 0.71%RDCD3 0.19%RSID3 -2%SBSP3 -0.58%CSNA3 0%CRUZ3 -0.19%TAMM4 6.72%TNLP3 4%TNLP4 0.05%TMAR5 -1.69%TLPP4 -2.21%TCSL3 +0.43%TCSL4 +0.13%TRPL4 -0.71%UGPA4 -0.71%USIM3 0.33%USIM5 -0.76%VALE3 0.66%VALE5 0.76%VIVO4 -0.21%
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Amsterda AEX -0.02%All Ordinary Index 0.17%AMEX 0.84%DAX 0.23%FTSE 100 0.15%IBEX35 0.23%Kospi Composite -0.66%MERVAL 0.00%NASDAQ 0.36%NIKKEI -1.02%Paris CAC 40 -0.03%PSI20 -0.88%Shanghai SE -0.66%Dow Jones Ind Avg 0.37%
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Compra coletiva já é uma indústria bilionária


Compras coletivas já é um segmento bilionário no BrasilFebre na internet, a compra coletiva foi criada nos EUA e chegou ao país no início de 2010. Em poucos meses, descontos arrebatadores oferecidos pelos sites decompras coletivas, que oscilam entre 50% e 90% do preço do produto ou serviço, caíram no gosto do brasileiro. Atraídos pelo crescimento rápido do setor e pela fácil barreira de entrada, muitos aspirantes a empreendedor resolveram apostar na novidade. Em dezembro do ano passado, o Brasil tinha 405 sites desse tipo ativos. Hoje já são 1mais de 2.000 e o segmento deve faturar R$ 1,2 bilhão neste ano. Porém, apesar do boom dos sites de compras coletivas, o mercado é bastante concentrado. Os dez maiores players são responsáveis por 90% das vendas, de acordo com dados da e-bit.
Assim como ocorre em todo segmento promissor, a concorrência acirrada aliada à falta de preparo faz com que grande parte dos novos negócios não resista ao primeiro ano de vida e acende a discussão se o modelo resistirá à passagem do tempo. Segundo consultores da área, a resposta é sim. E a especialização tem sido um dos caminhos adotados pelos recém-chegados no ramo para se diferenciar dos demais e sobreviver. Alguns cursos ajudam bastante o empreendedor que está começando.

Compras coletivas focam em nichos

“Acredito que o caminho para quem está chegando agora é escolher um nicho pouco explorado ou uma região geográfica específica e entender a fundo os anseios do consumidor”, afirma Sandra Turchi, coordenadora e professora do curso de marketing digital da ESPM.
Douglas Leite, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Compras Coletivas (Abecc), concorda e acrescenta que o modelo, quando bem desenvolvido, é vantajoso para todas as partes. Por isso é tão replicado. Segundo ele, a Abecc foi criada com o intuito de colaborar com a organização do segmento e fazê-lo crescer de forma sustentável e com as melhores práticas.
Leonardo Almeida, 25 anos, sabia o quanto era importante inovar quando resolveu abrir com os sócios Fernando Fairbanks, 32 anos, e Rudá Telles, 26 anos, o site de compras coletivas Tipland, de descontos para universitários. Ao desenvolver o plano de negócios, ele descobriu que ainda não havia por aqui nenhum concorrente com o mesmo enfoque. “Vimos que a compra coletiva se encaixava perfeitamente nas expectativas dos estudantes ávidos por consumir pela web. Eles são conectados, exigentes e trocam muita ideia. Como a maioria ainda não tem renda consolidada, o valor pago pelo produto ou serviço é, na maioria das vezes, determinante para a compra”, afirma Almeida.

Novos modelos ganham destaque

Fundado em agosto, em São Paulo, as ofertas do Tipland vão desde eletrônicos, ingressos para peças de teatro e festas, promoções em academias de ginásticas a cursos rápidos. “Procuramos criar um mix de ofertas coerentes com o universo jovem. Não nos preocupamos apenas com a quantidade, mas com a qualidade do que é disponibilizado. Além disso, todos os nossos parceiros estão próximos à Consolação, Vila Mariana, Perdizes e Pompeia, locais que concentram os alunos das faculdades que em um primeiro momento desejamos focar. Estudos dizem que universitários gastam 80% da receita perto de casa, do trabalho ou da universidade. Comodidade é fundamental para eles”, diz.
A primeira parceria do site de compras coletivas acaba de ser fechada com a ESPM de São Paulo e as conversas estão adiantadas com a PUC, FGV e Mackenzie. No próximo ano, a meta é triplicar o faturamento mensal, hoje estimado em R$ 30 mil. A curto prazo, está nos planos atender Campinas, Brasília e Rio de Janeiro e atuar por meio de franquias.

Negócios paralelos

Tino empresarial aguçado foi determinante para sucesso de Guilherme Wroclawski, 28 anos, e Heitor Chaves, 26 anos. Eles são sócios do SaveME, agregador líder e pioneiro no país. Em meados de 2010, montaram o Coletivar, que tinha a mesma proposta do Peixe Urbano, Clickon e outros. Mas, pouco antes de colocá-lo no ar, perceberam a força dos concorrentes e decidiram mudar. “Eles estavam mais estruturados em todos os aspectos. Nossa verba era curta e não sabíamos qual seria a maneira correta de tornar o negócio conhecido. Foi assim que surgiu a ideia de criar uma página, na época com o nome de ZipMe, para reunir não só as nossas ofertas, mas as da concorrência. Sabíamos que assim ajudaríamos consumidores que não quisessem ter o trabalho de procurar descontos”, diz Wroclawski.
No começo o serviço era gratuito e os dois iam atrás das promoções para a página. “Era bem trabalhoso, mas a receptividade foi tão boa que resolvemos fechar o Coletivar e investir apenas no SaveMe “, diz.
Em setembro do ano passado, o agregador foi comprado pelo Buscapé, que detém 75% do negócio. Wroclawski e Chaves ficaram com os outros 25% e ainda estão à frente da gestão da empresa. Atualmente, recebem 20 milhões de visitas por mês e têm contrato com 750 empresas, 600 delas no Brasil.
E você? Já pensou em participar do negócio de compras coletivas?
Fonte: Valor Econômico

Negociação: especialista dá dicas de como aprimorar este poder

Veja 4 elementos básicos que devem guiar uma negociação, dentro do Program on Negotiation, da Universidade de Harvard.


Por Infomoney

Ser um bom negociador é fundamental para qualquer profissional; não é um requisito apenas para quem atua na área de vendas. Para conseguir que seu chefe lhe conceda um aumento ou para fazer com que os demais membros da equipe concordem com suas sugestões, por exemplo, você vai precisar ser hábil em negociar.
De acordo com o professor de negociação da FGV e coordenador do MBA em negociação, Glauco Cavalcante, a maioria dos profissionais, sejam eles engenheiros, advogados ou administradores, aprende a negociar por tentativa e erro. Dificilmente são ensinados a negociar na graduação, de forma estruturada.
Para ajudar a desenvolver essa competência ou mesmo aprimorar o que você já sabe, Cavalcante explica os quatro elementos básicos da arte da negociação, elementos estes desenvolvidos pela universidade norte-americana Harvard, dentro de seu programa conhecido como PON (Program on Negotiation - Programa em Negociação).

1. Separar pessoas de problemas - quando as pessoas enfrentam qualquer tipo de conflito, elas tendem a levar para o lado pessoal, o que é um erro. O recomendado é saber separar o lado profissional do pessoal. Se disser a outra pessoa, por exemplo,“você está sendo intransigente”, perceba que utilizou o termo ‘você’. “Quando em uma discussão o profissional utiliza mais de três vezes a palavra você, já é um indício de que está no caminho errado”, explica Cavalcante.

O professor recomenda que se utilize a técnica do papel em branco, que nada mais é do que escrever em uma folha todos os problemas que se deseja resolver em um determinado conflito. Quando o profissional faz isso, ele se torna um “solucionador de problemas”, diz Cavalcante. O ideal é buscar por uma negociação cooperativa e não competitiva.

2. Foco no interesse e não na posição - 'interesse' é tudo aquilo que você quer, ou seja, o que você exige. 'Posição' é o que você genuinamente precisa para atender às suas necessidades. O professor explica que, para ter sucesso em uma negociação, você precisa entender qual a sua posição e a posição do outro e não focar nos interesses de cada um.

Dando um exemplo prático: você quer receber um aumento salarial de 20%, mas seu chefe só quer lhe dar 10%. Observe que o que você exige e o que seu chefe lhe oferece são os interesses de ambos. Cavalcante explica que o profissional tem de entender o que ele realmente quer. Ou seja, será que ele realmente quer o aumento de 20% ou o que ele quer é uma melhora de qualidade de vida, que pode ser resolvida com elementos como benefícios, um plano de carreira mais claro, mais reconhecimento e não necessariamente um aumento salarial?

Quando você entende qual a sua posição, ou seja, o que você genuinamente precisa para atender alguma necessidade, fica mais fácil a negociação. “Muitas vezes uma exigência é fruto de uma outra necessidade, que você deve identificar para atingir seus objetivos”, explica Cavalcante.

3. Inventar opções de ganhos mútuos - a ideia aqui é tentar fazer o “bolo crescer”. Grande parte das pessoas não consegue enxergar que o bolo pode crescer, ou seja, que o que está em negociação não é necessariamente fixo. Um exemplo disso pode ser visto na venda de um carro.

Você quer vender seu carro por R$ 40 mil, o comprador quer pagar R$ 35 mil, depois de muita conversa, vocês ficam entre R$ 38 mil (você aceita) e R$ 37 mil (ele paga). Como, então, aumentar o bolo nesse caso? Cavalcante explica que na conversar é possível descobrir que o vendedor quer vender o carro para comprar uma casa, e o comprador tem uma casa à venda, veja como o bolo cresceu. Agora, a negociação de compra e venda tem um elemento a mais, que vai ajudar a fechar o negócio do carro.

Essa lógica pode ser aplicada em diversas esferas do mundo corporativo, ou seja, você quer um aumento salarial, mas a empresa não quer conceder. Mas e se ela ajudá-lo a pagar um curso de MBA (Master Business Administration), não vai ser interessante? Tente, portanto, criar uma situação para aumentar o bolo e não se prenda a um objetivo fixo.

4. Aprenda a argumentar usando critérios objetivos - Calvancate explica que nem todo argumento é válido. Você pode listar 10 argumentos para atingir seus objetivos em uma negociação, mas nenhum ser útil.

A sugestão aqui é se basear em três elementos: valor de mercado, custo e precedente. Novamente usando o exemplo de aumento salarial, no caso do valor de mercado, mostre que você quer tal aumento porque é mais ou menos isso que estão pagando por um profissional como você, com suas qualificações e experiências.

No que diz respeito ao custo, veja se a sua empresa pode pagar o que você quer e, em relação ao precedente, observe se o aumento que você quer já foi dado para outros funcionários. Basicamente, os argumentos que estão sendo postos devem ser justos.

Chinesa Great Wall Motor inaugura fábrica na Bulgária em fevereiro


Montadora chinesa vai fabricar três modelos no país. Expectativa inicial é vender 2 mil veículos neste ano.
 
 
Great Wall Voleex C10 será produzido na Bulgária (Foto: Divulgação)
Great Wall Voleex C10 será produzido na Bulgária (Foto: Divulgação)
A fábricante chinesa de automóveis Great Wall anunciou, nesta segunda-feira (30), que sua primeira unidade industial na Bulgária será inaugurada no dia 21 de fevereiro. O projeto é uma joint-venture com a companhia local Litex Motors e visa vender 2 mil veículos em 2012.
No entanto, Great Wall e Litex esperam atingir venda anual de 50 mil carros. A fábrica em Lovech vai empregar 2 mil pessoas, de acordo com a montadora chinesa. Após a inauguração, as empresas iniciarão a produção voltada para a exportação na Europa. A construção da planta começou em novembro do ano passado.
A Great Wall Motor já iniciou uma campanha publicitária na Bulgária para os três modelos que serão produzidos no país, o utilitário esportivo H5, a picape Steed 5 e o compacto urbano Voleex C10.
 
Por Do G1, em São Paulo

Cinco dicas para abrir uma franquia


Cinco dicas para quem deseja abrir uma franquia

Quem nunca pensou em ter seu próprio negócio? Muitas pessoas trabalham arduamente longos anos para arrecadar um bom capital e abrir seu próprio estabelecimento. Eis que o momento tão desejado chega e vem a pergunta mais recorrente: Em que vou investir? Você já pensou emfranquias baratas e lucrativas? Esse negócio já vem com a receita do sucesso, pois as marcas são conhecidas pelo público e só depende do empenho do franqueado para que o investimento prospere. Fique atento às 5 dicas para abrir uma franquia:

1ª Dica: Conheça bem o negócio

Antes de tudo, faça uma pesquisa aprofundada sobre o mercado que você deseja investir! Qual é o público-alvo? O produto ou serviço vende bem? Qual seria o ponto de venda ideal para que sua franquia prospere? Todas as informações adquiridas nesse momento são importantes para sua escolha. É imprescindível que você saiba tudo sobre o ramo que pretende atuar.

2ª Dica: Tenha certeza que você se identifica com o negócio

O segredo do sucesso não está em investir em franquias baratas, é necessário que o dono se identifique com seu negócio. Pesquise franquias pelas quais você se interessa, negócios que podem lhe despertar o desejo de trabalhar, afinal, como diz o ditado, é o olho do dono que engorda o gado.

3ª Dica: Invista em marketing e publicidade

Para que seu negócio prospere é necessário que você tenha um bom planejamento de marketing, pois de nada adianta ter um estabelecimento bacana sem que o público-alvo saiba da sua existência. Faça promoções, descontos, flyers e outras ações para chamar pessoas para o seu ponto de venda.

4ª Crie Laços com outros franqueados

Antes de decidir sobre qual franquia investir converse com outros franqueados que já estão no mercado há algum tempo, assim você fica sabendo como é a rotina do estabelecimento. Estabeleça um laço com essas pessoas, assim fica mais fácil de saber quais são as forças e fraquezas do ramo em que você pretende investir.

5ª Tenha paciência

A paciência é essencial para quem deseja investir em franquias baratas e lucrativas! Saiba que o retorno não vem da noite pro dia, são necessários meses e em alguns casos até anos para que o lucro venha de forma tranquila. É preciso se estabelecer no mercado e você não irá conseguir isso sem trabalhar um pouco, ou melhor, sem trabalhar muito!
Por Letícia Maria Gomes

Rede Social pode melhorar o negócio e deixar a empresa 2.0

Twitter, Facebook, MySpace, Linkedin, o novato Identica e a preferência nacional Orkut são algumas das maiores e mais populares Redes Sociais da atualidade. Muitas empresas já se aventuraram a explorar as maravilhas do mundo digital e não é à toa. Se fosse um país, o Facebook criado pelo nerd Mark Zuckerberg, seria o terceiro mais populoso do mundo, atrás de China e Índia, com um contingente de mais de 350 milhões de usuários. O professor e Ph.D em Comunicação Digital pela ECA-USP, Luli Radfahrer, avalia que vivemos um outro momento na história. “O computador não computa mais. Ele conversa com as mais de 1,75 bilhões de pessoas conectadas no mundo. Pelo celular, este número quase triplica, chegando a 4,6 bilhões de usuários on-line. É o fim do absoluto. Todos são formadores de opinião”, disse o professor em recente palestra no HSM ExpoManagement.
Por isto, as empresas investem cada vez mais no chamado ‘marketing digital’, não só as multinacionais, mas também pequenas e médias corporações brasileiras. Uma pesquisa da TNS Research International constatou que mais de 80% das empresas planejam realizar ações de marketing digital. No entanto, a consultora do FBDE|NEXION, especializada em MKT Digital e Novas Mídias, Valdirene Sátiro, alerta que as empresas não devem navegar nesses mares sem-bússola. “Quando uma empresa resolve partir para estratégias de Novas Mídias e Rede Sociais, o ideal seria aplicar basicamente quatro ações: Pesquisa, Análise, Planejamento e Monitoração, para estabelecer a real necessidade e qual a importância do uso desses canais em seu contexto”, pondera Sátiro.
Em sintonia com essas ferramentas de análise, gestão e marketing corporativos, o FBDE|NEXION, por exemplo, participa, efetivamente, das Redes Sociais desde 2009. Para o presidente da empresa, Denis Mello, é impossível ignorar o impacto advindo das constantes inovações tecnológicas, inclusive sobre as práticas corporativas. “As organizações precisam de uma estratégia que lhes permita capitalizar as dinâmicas de relacionamento advindas das Redes Sociais. É a nova era da transparência, porque as Redes Sociais colocaram a informação em um novo patamar. Essa comunicação pode ser usada para informar processos operacionais, facilitar o comprometimento dos funcionários, consumidores e parceiros corporativos, assim como criar oportunidades de negócios inovadoras.” O FBDE|NEXION chegou ao Twitter por compreendê-lo como mais que uma ferramenta e sim um novo conceito de informação e de imediatismo na comunicação. “O microblog do FBDE tem como intenção tornar-se referência para seus clientes e prospects no quesito informação, credibilidade e compromisso”, explica Natália Oliveira, que coordena a newsletter “E-Week”, uma das principais geradoras de informação da consultoria. Prova de que análises para a escolha da Rede Social e o desenvolvimento de conteúdo vêm dando certo são os números: de 1.850 seguidores subiu para 10.500 tuiteiros em dez meses. “Ficamos impressionados não só com o volume de seguidores do nosso Twitter, mas também com a fidelidade e assiduidade. Eles opinam, avaliam e recomendam muitos dos nossos posts. Aliás, observamos que, às sextas-feiras, no Follow Friday do microblog, aparecemos ao lado de grandes portais do mundo de negócios, como HSM e Exame, em recomendação de assuntos”, comemora Fernanda Godoy, responsável pelas Redes Sociais e também pela interatividade do FBDE|NEXION com os internautas. O Facebook é a nova investida da consultoria que, desde a segunda semana de fevereiro, integra o website mais badalado do planeta.
Mestranda em Antropologia pela PUC-SP, a consultora Valdirene Sátiro afirma que, além do levantamento para a nova realidade e uso das novas ferramentas, a empresa deveria ainda identificar as Tendências de seu Mercado, Motivações, Valores e Necessidades de seus Consumidores, “estes itens vão além da Pesquisa Tradicional Qualitativa, por exemplo, pois visam entender o ser humano e sua realidade subjetiva, alguns dos focos reais para estar presente nas Redes Sociais”.
E o ser humano do século 21 anseia em se comunicar. O mito de que as pessoas se encontram menos ao vivo e que preferem se trancafiar em casa e se relacionar via MSN, Redes Sociais e outras ferramentas do tipo é contestado por estudiosos que mostram que a marca do nosso tempo é a necessidade de se expressar, se comunicar e interagir. O E-mail, as Redes Sociais, as ferramentas de comunicação instantânea - e a própria web - só se multiplicam com tanta rapidez porque há nas pessoas essa vontade de ouvir e ser ouvido.
As Redes Sociais oferecem muitas oportunidades para as empresas se relacionarem e conhecerem melhor seus públicos. Ao monitorar os comentários ou conversar diretamente com os seguidores do Twitter, por exemplo, as companhias recebem feedbacks fundamentais na tomada de decisões. Tudo em tempo real, o que pode antecipar mudanças em produtos, serviços, etc. A empresa O Boticário é tida como referência no universo das Redes Sociais. Hoje, a companhia conta com quatro profissionais dedicados exclusivamente para interagir com consumidores nesses ambientes. A empresa monitora comentários e menções à marca e aos produtos nos 60 sites mais visitados do País. Quando necessário, responde diretamente aos comentários, como fez com uma consumidora que criou uma comunidade no Orkut chamada "Órfãos do One of Us", um produto de O Boticário que saiu de linha. A consumidora recebeu um e-mail explicando por que o item foi retirado do mercado e, na comunidade, elogiou a iniciativa da empresa da área de cosméticos.
Entretanto, vários executivos já identificam certa “malandragem” virtual. "Muitas vezes, um cliente reclama e não só tem seu problema resolvido, como também ganha uma compensação extra. Mesmo assim, alguns continuam reclamando nas Redes Sociais, na tentativa de ganhar mais benefícios. Quando isso acontece, avaliamos a situação e, muitas vezes, decidimos encerrar o caso por ali", afirmou o gerente de Marketing e Redes Sociais da empresa aérea Azul, Fábio Marão, durante debate em mesa-redonda do Campus Party. Lá estava também o diretor de Comunicação e Marketing da IBM Brasil, Mauro Segura, que apontou que 70% das empresas entram nas Redes Sociais por meio do Departamento de Marketing, para depois outras áreas “descobrirem” as redes. "Em muitos casos, a interação com internautas força o setor de atendimento ao cliente a também entrar. Já o RH vê as Redes Sociais como meio de comunicação interna da empresa", disse Mário Segura durante mesa-redonda que debateu o ‘Uso Corporativo das Redes Sociais’, no Campus Party 2011, considerado o maior evento de inovação tecnológica, internet e entretenimento eletrônico em rede do mundo, realizado em janeiro, em São Paulo.
Estudo divulgado, no início de 2011, pelo Gartner Research (líder mundial em pesquisa na área de tecnologia da informação) apontou que as Redes Sociais se tornaram virais e terão mais de 1 bilhão de usuários em 2012. Segundo a pesquisa, as pessoas estão se movimentando massivamente (cerca de 600 milhões) para tirar proveito das novas ferramentas sociais. “Observe os bilhões de tuítes e adesões às Redes Sociais, assim como a explosão de blogs e visitas ao YouTube. Existem milhões de terabytes de dados na internet (cinco petapytes são adicionados diariamente) que refletem a atitudes, as intenções e as influências tanto de empresas como de consumidores”, diz o relatório do Gartner. 
O uso das informações resultantes dos processos de comunicação das Redes Sociais pelas empresas já está sendo chamado de “inteligência social”.

Por Eloiza de Oliveira - Assessora de Comunicação do FBDE|NEXION

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Esgoto doméstico pode ser usado como matéria-prima para produção de papel


Utilizar as águas residuais, provenientes das zonas residenciais das cidades, para produzir papel e, de quebra, baratear o preço do processo de tratamento de esgoto – que sai do bolso dos consumidores. Essa é a proposta do médico israelense Rafi Aharom, de Tzur Yigal.
Segundo ele, 99,9% do esgoto doméstico que chega às unidades de tratamento é liquído, mas 0,1% é composto por materiais sólidos, riquíssimos em celulose – proveniente de alimentos e, até mesmo, papel higiênico –, que podem ser reaproveitados para produzir papel.
Para colocar o processo em prática, é preciso recolher esse material sólido – que, normalmente, já é filtrado nas unidades de tratamento de esgoto, mas não reciclado –, secar e purificá-lo e, em seguida, vendê-lo para as empresas produtoras de papel. De acordo com Aharom, a nova matéria-prima baratearia o preço do produto e, também, do processo de tratamento de esgoto – uma vez que as companhias não teriam que dar um fim ao material sólido presente nas águas residuais. Ou seja, o consumidor só tem a ganhar.
O processo já foi implantado e está sendo testado no sul de Israel, onde, de acordo com Aharom, o esgoto doméstico possui grande quantidade de celulose. Já pensou se o método chega ao Brasil?
Imagem: Miguel Boyayan

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A multiplicação dos camarões


Criadores do Ceará fortalecem a cadeia produtiva no Estado, de olho no crescimento do mercado nacional
Fátima Costa, de Acaraú (CE)
Camarão branco: Costa Negra, região do litoral cearense, recebeu o selo de certificação de qualidade, o que agregará maior valor ao produto
A pequena cidade de Acaraú, a 255 quilômetros de Fortaleza, no litoral do Ceará, é um dos poucos municípios no País que ainda sobrevivem da pesca. Até uma década atrás, o camurupim, um peixe que pode atingir 2,5 metros e pesar 160 quilos, predominava entre as espécies capturadas no mar. A importância desse peixe para Acaraú é tão grande que a cidade ergueu um monumento em sua homenagem. Nos últimos anos, a captura do camurupim tem sido menos farta nas águas quentes do litoral cearense, mas o município permanece no mapa da pesca por causa da lagosta – o Estado é o maior produtor do País – e também em função da produção de camarões. Mas não é apenas do mar que esses crustáceos estão saindo. Os produtores do Ceará estão criando camarões em tanques construídos no continente, em fazendas à beira-mar. “Hoje, do camarão se beneficiam homens e mulheres que moram nas comunidades no entorno das 180 fazendas de cultivo no Estado”, diz Flávio Bezerra da Silva, secretário de Pesca e Agricultura do Ceará.
Segundo a Associação de Criadores do Estado, essas fazendas geram 11 mil empregos diretos e ocupam uma área de cinco mil hectares de lâminas d’água concentrados, em cinco polos – Acaraú, Coreaú e Mundaú- Curu e nas regiões do baixo e médio rio Jaguaribe. “Cerca de 70% das fazendas pertencem a pequenos produtores, com áreas inferiores a 30 hectares”, diz Silva. A maior parte dessas fazendas fornece o crustáceo para as grandes empresas de beneficiamento instaladas no Estado, que está no topo do ranking nacional dos produtores de camarão, posição que foi tomada do Rio Grande do Norte há três anos. Neste ano, os cearenses estão criando 35 mil toneladas de crustáceos em tanques, contra as 25 mil toneladas previstas pelos potiguares. No Ceará, hoje, a captura em mar aberto não chega a 10% do camarão produzido no Estado. “A preferência pelo camarão dos tanques leva à redução da pesca extrativista, manejo perigoso que diminui a capacidade de reprodução no mar”, diz Silva. Ítalo Rocha, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão, diz que a tendência é o Ceará aumentar esses criatórios, distanciando o Estado ainda mais de outros polos de cultivo. De acordo com a entidade, há 1,3 mil produtores de camarão em tanques, no País, 95% dos quais no Nordeste. O clima e o solo onde são construídos os tanques, em geral próximos dos mangues e com fácil acesso à água salgada do mar, são fatores que contribuem para o desenvolvimento da espécie. Em 2010, a produção do País foi de 75 mil toneladas de camarão. O Ceará responde por 30 mil toneladas, o equivalente a 40% do total nacional, que gerou uma receita estimada em R$ 300 milhões no ano passado. “Para o ano que vem, a perspectiva é de um crescimento de 10%”, afirma Rocha.
Dados da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Esta
Fazenda da Nutrimar, em Acaraú: toda a cadeia produtiva é monitorada
Acaraú é um dos motores da atividade pesqueira no Estado, por estar localizada na melhor área de produção do Ceará. O município está situado na chamada Costa Negra, um local de águas escuras que se estende por 320 quilômetros de litoral entre a foz do rio Aracatimirim, na localidade de Torrões, e a foz do rio Guriú, em Jijoca de Jericoacoara, um dos paraísos turísticos do Brasil. “A região também se popularizou internacionalmente pelos camarões que produz”, diz Rocha. Desse pedaço do Brasil sai um crustáceo diferenciado no mercado, com qualidade superior e produzido de forma ecologicamente correta. Por suas características de sabor e textura, em outubro o camarão branco da Costa Negra, cientificamente chamado de Litopenaeusvannameique – espécie que se assemelha muito ao crustáceo encontrado no mar –, recebeu do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) um selo de certificação de qualidade. Agora, os produtores da região que podem comercializar seus produtos com Denominação de Origem esperam agregar mais valor de mercado aos camarões. Hoje, os frigoríficos pagam aos produtores a média de R$ 6 por quilo.


"Nosso interesse é a mesa dos brasileiros"
Fabrício Ribeiro, sócio do grupo Nutrimar Pescados
Só nas águas da Costa Negra há 32 fazendas de cultivo em atividade, nas quais são produzidas por ano dez mil toneladas (um terço da produção estadual), em 886 hectares de lâmina d’água. Entre as fazendas da Costa Negra está a Cacimbas, que pertence ao grupo Nutrimar Pescados, dos empresários Rubens Sales e Fabrício Ribeiro, com sede em Acaraú e escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com uma produção de oito mil toneladas de camarão por ano, cultivados nos 280 hectares de lâminas d’água de uma antiga salina, a Nutrimar se consolidou como a maior carnicicultora no Estado. Desde o início de 2010, a empresa vem se empenhando em popularizar o consumo do camarão no mercado interno, hoje muito mais atraente que o externo para os produtores. Um dos chamarizes no atual portfólio de produtos da Nutrimar, o camarão orgânico e certificado, foi apresentado em novembro. “Com o lançamento do produto, a empresa obteve a certificação da Naturland, da Alemanha, uma das mais importantes certificadoras do mundo”, diz Ribeiro.

A Nutrimar produz oito mil toneladas de camarão por ano, cultivados em 280 hectares de lâminas d’água

Por enquanto, apenas 800 toneladas, 10% da produção total da Nutrimar, é cultivada de forma orgânica e rastreada, mas a intenção é crescer nesse segmento. Nos sistemas orgânico e rastreado de criação toda a cadeia produtiva, da ração fornecida aos crustáceos até o embarque no frigorífico, é monitorada. Esse camarão que está chegando às grandes redes de varejo e de food service para atender ao mercado interno é uma novidade no segmento. Em geral, alimentos orgânicos produzidos no País têm como destino o mercado externo. “Hoje, estamos interessados em conquistar a mesa e o paladar dos brasileiros”, afirma. “Por causa do dólar em baixa e do real valorizado, os orgânicos agregam 20% ao valor dos crustáceos convencionais”, diz Sales. Ao apostar no mercado interno, a Nutrimar quer no próximo ano dobrar o faturamento obtido em 2010, que foi de R$ 60 milhões. A meta para 2012 é abrir centros de distribuição no Recife, em Salvador, Porto Alegre e Brasília, adquirir mais fazendas e apostar em novos produtos como o kani, um prato típico japonês à base de caranguejo, camarões e lulas empanados.
Os planos da empresa têm como pano de fundo o cenário nacional. Segundo dados do Ministério da Pesca e Aquicultura, o consumo de camarão no País aumentou 39,5% em sete anos. O consumo médio, que era de 6,46 quilos por habitante, em 2003, aumentou para nove quilos em 2010. A perspectiva é de que o crescimento da demanda nacional nesse setor permaneça firme nos próximos anos. Se depender da Nutrimar, vai ter camarão para todo mundo. “Nosso produto tem chamado a atenção também na alta gastronomia e fizemos uma parceria que será nosso cartão de visitas”, diz Sales. Essa parceria atende pelo nome de restaurante Mr. Lam, no Rio de Janeiro, que pertence ao empresário Eike Batista, dono da maior fortuna do Brasil. “O Mr. Lam vai abrir as portas para o circuito dos restaurantes de luxo para nós”, afirma.


Evite as surpresas


Saiba como não repetir os 10 erros mais comuns aos investidores.

Por Flávia GIANINI
Seja ele um cozinheiro de primeira viagem, seja um chef estrelado, todo investidor está sujeito a cometer erros na elaboração das receitas do mercado financeiro, por falta de experiência ou pelo alto grau de dificuldade na preparação dos pratos. No entanto, algumas dicas dos especialistas podem reduzir a chance de erro na execução. Leia atentamente todas as orientações a seguir, e evite que suas finanças terminem 2012 à Joana D’Arc, altamente chamuscadas.
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 Pôr todos os ovos na mesma cesta
Aplicar todos os recursos em um único produto do mercado financeiro é sempre arriscado. Como no caso da cesta de ovos, é necessário manter ativos em diferentes aplicações e, se uma das cestas cair no chão, nem todos os ovos se perderão. “A diversificação é necessária para minimizar os riscos e obter retornos mais atraentes”, explica Marcos Daré, diretor da área de investimentos do Bradesco.
 
 Basear o futuro em menus que fizeram sucesso no passado
“O erro mais comum dos investidores é basear-se no histórico de rentabilidade passada de cada tipo de investimento”, afirma Claudia Kodja, gestora da Kodja & Company Investimentos. Segundo ela, a melhor maneira de aplicar é estabelecer uma estratégia com uma combinação de imóveis, títulos, ações e caixa, adequada à disponibilidade de tempo, aos objetivos e tolerância do investidor ao risco.
 
3  Perder a hora de usar cada ingrediente
Assim como na execução de um prato, o que define se um investimento é adequado ou não vai além de suas características, como risco, prazo e rentabilidade. O momento de empregá-lo também é essencial para o sucesso. “Nem sempre um bom produto é adequado, e um produto que pode ser ruim no longo prazo, às vezes, é o mais indicado para uma ocasião específica”, diz Pedro Galdi, analista da corretora paulista SLW. “Conciliar cada alternativa com o melhor momento para adotá-la é a garantia do sucesso.”
 
4  Deixar a despensa vazia
Deixar de poupar todos os meses é um dos principais equívocos do investidor, na opinião de Manuel Lois, diretor da corretora Spinelli. “Cada aplicação tem o momento adequado de resgate. Desrespeitar esse princípio é prejuízo na certa. Então, é necessário manter uma reserva para emergências”, diz Lois.
 
5  Desconhecer seu estilo – na cozinha ou no mercado
A primeira providência do investidor antes de colocar o avental é avaliar seu perfil de risco, se conservador, moderado ou agressivo. “Muitas vezes, por desconhecer seu perfil, o investidor acaba aplicando em produtos com risco ou rendimento que não se adaptam a seu perfil ou às suas necessidades”, afirma Luiz Felippe Cruz Generali, superintendente da BanifInvest. Segundo ele, isso é especialmente indicado na hora de avaliar os investimentos em ações cuja rentabilidade não deve entrar na conta das despesas correntes.
 
6  Tratar a tributação como tempero opcional
Conhecer as formas como serão tributadas as operações, bem como eventuais isenções e benefícios, representa um ponto estratégico na decisão de onde investir. Uma análise sobre esses aspectos permite ao aplicador mensurar os impactos, negativos e positivos, da mordida do Leão sobre o resultado de suas aplicações. “Se não forem levadas em conta, as questões tributárias podem acabar com a rentabilidade”, diz Marcos Heringer, professor de finanças do Ibmec.
 
7  Perder a calma em situações de estresse
Mesmo que esteja tudo indo por água a baixo, é necessário manter a calma. A suscetibilidade emocional faz o investidor aderir aos chamados “movimentos de manada”, tanto na hora da compra quanto na da venda. “A falta de disciplina ou de método na seleção dos ativos mais adequados ao seu perfil de risco e horizonte de investimento leva, invariavelmente,  o investidor a ajustes demasiados e, muitas vezes, prejudiciais ao seu portfólio”, diz Guido Chagas, sócio da Humaitá Investimentos. 
 
8  Ter confiança em excesso
O chef que tende a fazer adaptações injustificadas, sendo demasiadamente confiante na sua capacidade de interpretar a receita e prever desempenhos, corre riscos desnecessários. “Muitas vezes, por excesso de confiança, o investidor não percebe que não tem as informações necessárias para definir perspectivas de resultados”, diz Marcos Daré, do Bradesco. “Essa situação ocorre, principalmente, quando se trata de investimentos em ações.”
 
9  Ignorar a qualidade dos ingredientes
Nem toda técnica culinária do mundo é suficiente para driblar um ingrediente de má qualidade. O mesmo acontece com o mercado de fundos e de ações. “De nada adianta uma boa estratégia macro, se a análise criteriosa das empresas em que se pretende investir for ignorada”, diz Luiz Felippe Generali, da BanifInvest. “Elas devem possuir liquidez, boa governança, possibilidades de retorno e exposição ao risco adequada, assim como o setor em que estão inseridas.”
 
10  Esquecer do prazo de validade
Não dá para comprar um ingrediente e esquecer que ele tem uma data de fabricação e outra de vencimento, que devem ser respeitadas. Ter em vista o intervalo de tempo correto entre a aplicação e o resgate permite uma alocação conveniente entre as várias oportunidades disponíveis no mercado. “Efetuar um saque sem a devida programação faz o investidor, por vezes, perder a rentabilidade referente a um determinado período”, diz Marcos Heringer, do Ibmec.

Marca instantânea


Luiza, que não está mais no Canadá, é a prova da força da internet para criar tendências que se tornam arma de marketing das empresas.

Por Marcio ORSOLINI
O artista plástico americano Andy Warhol é o autor da frase “No futuro, todos serão famosos por 15 minutos”. Esse parece ser o caso de Luiza, que se transformou em um sucesso instantâneo na internet brasileira. Tudo por causa de uma propaganda sobre um condomínio em João Pessoa (PB). Um simples aposto – “Menos Luiza, que está no Canadá” – transformou a filha do colunista social Gerardo Rabello em celebridade nacional e numa poderosa arma de marketing. Figura conhecida da sociedade paraibana, Rabello apresentava o Boulevard Saint-Germain, da construtora Água Azul, do grupo Conserpa-Enger. 
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Fama na web: Luiza Rabello virou febre nas redes socias com um uma publicidade
simples de uma construtora paraibana. Seu estrelato está durando mais do que 15 minutos.
 
Com a família reunida no vídeo, ele explicou o motivo da ausência da filha – sugestão da Agência Oficina – por acreditar que a falta da jovem de 17 anos, que estava num intercâmbio, seria notada. Fora de João Pessoa, o aposto assumiu um tom de piada. Resultado: o vídeo bombou nas redes sociais. Já de volta do Canadá, Luiza está curtindo os seus mais de 15 minutos de fama. Ela vai gravar um comercial para a construtora Conserpa-Enger, que em uma semana, vendeu sete unidades, sendo três delas em um único dia, graças à repercussão do vídeo. Nada mal para um empreendimento cujos preços variam de R$ 750 mil a R$ 1,2 milhão. 
 
“Muita gente pergunta pelo prédio da Luiza”, diz José William Lemos Leal, presidente do grupo. Mas não são apenas empresas de construção que viram em Luiza uma boa oportunidade de divulgação. Ela será a garota-propaganda da escola de intercâmbio STB, pela qual viajou com seu irmão, Gerardo Rabello Filho, que também foi ao Canadá. As peças estavam previstas para circular no sábado 21. Outros comerciais para a tevê não estão descartados. “Tenho convites de outras empresas e até para desfiles, mas vou focar nos estudos”, disse Luiza à DINHEIRO.  “Vou  poupar para comprar meu carro.” Toda a família está se divertindo com a fama repentina, até mesmo Luiza, que já voltou do Canadá.
 
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Um sopro de investimentos


O grupo argentino de energia Impsa terá três novas fábricas no Brasil, com aportes de R$ 300 milhões.

Por Marcelo CABRAL
O argentino Jose Luis Menghini, vice-presidente da operação brasileira da Impsa, maneja com cuidado o mate enquanto prepara o chimarrão. Apesar de sua origem, ele preferia, desde que desembarcou no Brasil, o café. O problema era que exagerava, literalmente, na dose, tomando 20 xícaras por dia. O efeito colateral foi a insônia. Por esse motivo, voltou à tradicional bebida de seu país. “Agora consigo dormir de noite”, brinca, com o característico sotaque do idioma espanhol. O sono tranquilo não se deve apenas à nova bebida. Em 2012, a Impsa, um dos maiores grupos do setor elétrico na América Latina, vai abrir três novas plantas no Brasil. 
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O senhor do vento: o grupo Impsa, de Menghini, fatura quase R$ 2 bilhões por ano e emprega cerca de seis mil funcionários. 
Elas vão se somar à fábrica de aerogeradores já existente no porto de Suape, na região metropolitana do Recife. Com investimentos de R$ 300 milhões, a ordem é acelerar o crescimento médio de 20% e multiplicar a carteira, hoje no patamar de R$ 3,4 bilhões. “O Brasil já representa quase 65% de nossos pedidos e deve crescer mais”, afirma Menghini. A energia eólica é um bom exemplo. Com as vitórias alcançadas nos leilões do ano passado, o grupo chegou a um portfólio de 923 megawatts (MW), que devem entrar no sistema elétrico até 2014. Desses, cerca de 530 MW já estão instalados em parques eólicos no Ceará e em Santa Catarina. A demanda adicional é uma das responsáveis pela decisão de levantar uma nova fábrica de turbinas movidas pela força dos ventos.
 
A unidade terá capacidade para fabricar até 140 aerogeradores por ano e será instalada no Rio Grande do Sul, em  cidade ainda a ser definida. As obras, um investimento de quase R$ 100 milhões, vão começar este ano e a fábrica deverá estar em operação em 2013. A unidade gaúcha ajudará a resolver o problema da logística. O transporte das imensas turbinas de Pernambuco até a região Sul encarece o custo do produto em até 22%. A nova fábrica deverá atender os parques mais próximos, enquanto Suape ficará encarregada de abastecer as regiões Norte e Nordeste. A Impsa aposta pesado na energia eólica, que hoje representa menos de 2% da matriz nacional. A previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica é avançar 600% até 2014, pulando dos atuais 1,4 mil MW instalados para 7 mil MW.
 
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Ainda muito inferior à China e aos EUA, que superam os 40 mil MW. Isso mostra que o campo para crescimento é vasto, segundo o advogado especialista José Roberto Martins, do escritório Trench, Rossi e Watanabe. “A energia eólica é vista como pouco competitiva, mas esse quadro está mudando com escala e tecnologia”, diz. “Hoje a eólica já tem preços comparáveis ao do gás natural.” A área de equipamentos hidrelétricos também receberá uma nova fábrica, localizada a dois quilômetros da unidade de Suape. Serão R$ 150 milhões na fabricação de turbinas e geradores. A encomenda inicial é a construção de quatro unidades completas de geração (geradores, turbinas e tubulações) para a usina de Belo Monte, no Pará. 
 
Os planos não param por aí. A terceira fábrica, também a ser instalada em 2012, ficará encarregada da chamada eletrônica de potência, os dispositivos de processamento, conversão e controle de geradores. Com investimento de R$ 30 milhões, ainda não tem seu local definido, mas a tendência é que fique em Minas Gerais – a meio caminho das unidades do Norte e Sul do grupo. Além disso, a atual unidade de aerogeradores de Suape deverá receber mais R$ 35 milhões em equipamentos e infraestrutura. Com a expansão da unidade e a nova fábrica, a capacidade instalada de produção de geradores eólicos deverá quase dobrar ante as 300 unidades por ano de 2011. Hélices de sobra para aproveitar os ventos favoráveis do mercado brasileiro.