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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Michelin entra na roda


A fabricante francesa de pneus anuncia investimento de 800 milhões de euros para brigar de vez pela liderança do mercado brasileiro.

Por Rafael FREIRE
No jogo global, a francesa Michelin é reconhecida como a segunda maior fabricante de pneus do mundo e a primeira da Europa. Em 2011, obteve um faturamento de € 20,7 bilhões. Sua força é tamanha que ela equipou os carros da Fórmula 1 no período de 1977 a 2006. Mesmo com todas essas credenciais, a Michelin ainda é pouco reconhecida pelos proprietários de automóveis no Brasil, apesar de produzir localmente desde 1981. Por aqui, sua força está concentrada no chamado mercado profissional, que inclui empresas de ônibus, caminhões e veículos pesados, usados em atividades como mineração. Agora, a direção da subsidiária deseja assumir a mesma posição de destaque que a marca possui na Europa e nos Estados Unidos. 
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Moretta, da Michelin: "Somos a bola da vez, temos um produto desenvolvido para
nossos consumidores, recursos para investir e muita atenção da matriz".
 
Para atingir esse objetivo, um de seus trunfos é a recém-lançada linha Energy XM2. Com esse modelo, a Michelin espera aumentar em 140% as vendas na América Latina, que atingiram € 1,4 bilhão em 2011. “Somos a bola da vez, temos um produto desenvolvido para nossos consumidores, recursos para investir e muita atenção da matriz”, diz Marco Moretta, diretor-comercial da divisão de pneus para automóveis e caminhonetes na região. “O XM2, que tem na resistência uma das suas principais qualidades, é um projeto direcionado para as irregulares e esburacadas estradas brasileiras.” Com o novo produto, o primeiro de uma série que deverá ampliar seu portfólio, a Michelin espera aumentar sua participação de mercado dos atuais 5% para 12% no segmento de pneus de passeio, até 2022.  
Para isso, a subsidiária conta com € 800 milhões para serem gastos até 2016. Desse montante, cerca de € 300 milhões já foram empregados na ampliação da fábrica de Itatiaia, município vizinho a Resende, no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, a unidade aumentará em 250% sua capacidade de produção a partir do ano que vem. Este ano será aproveitado para homologar, na matriz, os produtos feitos na unidade. Enquanto isso, para atender à demanda de pneus de automóveis, a companhia aumentou suas importações. “Entraremos com tudo no mercado de automóveis", disse Moretta. Segundo o executivo, nessa categoria a Michelin ocupa uma discreta quinta posição, atrás de Pirelli, Goodyear, Bridgestone e Continental. 
 
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Em 2011, os pneus para veículos de passeio responderam por 49% dos 73,9 milhões de unidades comercializadas no País. Além do volume, o que atrai a Michelin é o crescimento dessa categoria. Entre 2007 e 2011, a venda de pneus para automóveis aumentou 7,4%, enquanto o setor teve uma variação de apenas 3,2%. Outros departamentos da subsidiária vêm passando por mudanças, além da divisão industrial. O comercial, que engloba marketing e vendas, por exemplo, dobrou de tamanho. Moretta, que ocupava anterioremente a direção da área de pneus para motocicletas, pretende ampliar a rede de revendedores. Hoje, 45% das vendas de pneus Michelin são feitas numa rede de 300 lojas autorizadas, que vendem apenas pneus dessa marca e, com isso, recebem apoio técnico privilegiado.  
“Queremos dobrar esse número nos próximos anos”, afirma. Intensificar os laços com os revendedores é importante, de acordo com Ana Carolina Boyadjian, da consultoria Lafis, especializada em transportes. “Se o vendedor não conhecer o produto e seus benefícios, ele não saberá passar isso para os consumidores”, diz Ana Carolina. Essa ponderação faz todo o sentido para uma empresa, como a Michelin, que sempre vendeu seus pneus, em média, 10% mais caros do que a concorrência. A política de preços da companhia, contudo, não deverá sofrer alterações nos próximos anos. “Ampliaremos nossa verba de propaganda e marketing para mostrar aos clientes que a relação custo/benefício de nossos pneus é uma das melhores do mercado brasileiro”, afirma Moretta. Em um setor competitivo e acossado pela concorrência dos produtos importados, isso pode fazer toda a diferença.
 
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