O Vale Beijing, um dos maiores navios para carga seca do mundo, com capacidade para 400 mil toneladas, voltou a operar sete meses após ter sido danificado durante seu primeiro carregamento, no Maranhão, informou a operadora sul-coreana STX Pan Ocean.
O acidente de 6 de dezembro no porto Ponta da Madeira, quando o navio apresentou uma rachadura, foi um grande revés para tentativa da Vale de cortar os custos de frete para a China usando uma frota sem precedentes de 35 megacargueiros Valemax.
Segundo a STX Pan Ocean, o megacargueiro deixou o estaleiro em Jinhae, na Coréia do Sul, no dia 1º de julho e está a caminho do Brasil, com chegada ao Maranhão prevista para o dia 8 de agosto, após reparos em um estaleiro sul-coreano.
A empresa informou em comunicado que o navio "devidamente reparado e se encontra a caminho do Brasil para retomar suas obrigações contratuais".
"Durante a estada do navio no estaleiro, foi realizado o reforço estrutural na área onde o problema pontual fora detectado, excedendo inclusive a margem de segurança padrão recomendada pela sociedade classificadora. Foram realizados também todos os subsequentes testes, que comprovaram a eficiência dos reparos, em caráter definitivo", informou a STX Pan Ocean.
A empresa afirmou ainda que que o 2º navio do total de 8 contratados, o graneleiro Vale Qingdao, construído no mesmo estaleiro, realizou seu 1º carregamento no terminal de Ponta da Madeira em junho deste ano sem apresentar qualquer problema, "o que confirma a isenção de culpa pelo acidente tanto do método de carregamento quanto do projeto dos navios”.
A frota dos megacargueiros da Vale, mais competitivos que outras embarcações, pelos ganhos de escala, está ampliando sua atuação no mercado justamente neste momento ruim do setor, alimentando o lobby contrário chinês.
O bloqueio da China a navios de grande porte tem forçado a Vale a transportar minério de ferro para o país a partir de um hub nas Filipinas.
G1
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