Sem nunca ter frequentado a escola, o americano Thomas Edison foi o criador da lâmpada elétrica, do projetor de cinema, e aperfeiçoou tantas outras invenções, como o telefone, por exemplo. O cientista é reconhecido mundialmente como um gênio e, agora, a empresa fundada por ele, a GE, tem em 2012 a missão de conseguir encontrar os thomas edisons do Brasil.
O Brasil é o quinto país a onde a empresa constrói centro de pesquisa. EUA, Índia, Alemanha e China acolhem outros quatro. Com a recente aquisição da Wellstream, a GE optou por aumentar o escopo do trabalho e irá dedicar US$ 20 milhões adicionais para criar laboratório focado no setor petrolífero. Com isso, sobe para US$ 170 milhões o valor total do investimento, que resultará na conclusão do projeto em uma área de 13 mil m2, na Ilha de Bom Jesus (Ilha do Fundão), no Rio de Janeiro.
Até a inauguração do Centro de Pesquisa Global da GE no Brasil, prevista para o primeiro semestre de 2013, a empresa espera contar com 200 profissionais. Atualmente, a equipe conta com 50 integrantes. Enquanto a nova construção não está pronta, a GE mantém um acordo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para ocupação do Parque Tecnológico desde setembro do ano passado.
"O ano de 2012 será de contratações e obras", diz Kenneth G. Herd, executivo que será o líder do centro brasileiro. Ele explica que a intenção é o Brasil tornar-se um polo do que ele chama de inovação reversa, ou seja, desenvolvimento de tecnologia capaz de ser exportada para o resto do mundo.
Antes de assumir posições de liderança na companhia, Herd teve também seu tempo de "Thomas Edison". Ele participou do desenvolvimento dos primeiros sistemas de imagens de ressonância magnética na década de 1980. Alguns anos depois, na divisão de energia da companhia, desenvolveu também geradores de alto desempenho, e não parou por aí.
Trabalhou, entre outras coisas, na criação de dispositivos e materiais supercondutores, liderou o desenvolvimento de ultrassons, raios-x, infravermelhos e sistemas de imagem para aplicações industriais. E toda essa experiência, agora, vai ser direcionada também para problemas locais como os gargalos na área de infraestrutura.
O investimento inicial da GE no novo Centro de Tecnologia no Brasil será de US$ 170 milhões e terá capacidade para 400 pesquisadores. Ao redor do globo, a GE emprega mais de 3,2 mil funcionários em seus quatro laboratórios globais e, destes, 2,3 mil estão envolvidos diretamente com pesquisa.
A GE investe, globalmente, US$ 6 bilhões em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, por ano. Para seu Centro de Pesquisa Global no Brasil, a empresa espera, inicialmente, desenvolver novas tecnologias para a área de saúde, transportes, aviação, energia ou gerenciamento de recursos naturais. As pesquisas serão conduzidas em três linhas, em três Centros de Excelência: Biocombustíveis, Sistemas Integrados e Sistemas Inteligentes.
Fonte: GE e Brasil Econômico
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