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quarta-feira, 28 de março de 2012

Ato de defesa da produção no Brasil ocorre nesta quarta




Indústria perde competitividade devido ao chamado Custo Brasil (Foto: Plinio Bordin/FIESC)
Nesta quarta-feira (28) será realizado em Florianópolis o Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego no Brasil. O ato, na Praça Tancredo Neves, reunirá trabalhadores e empresários para chamar atenção para a perda de competitividade da indústria brasileira, que está provocando a chamada desindustrialização: transferência do processo produtivo para outros países, onde os custos são mais baixos.

Liderado por entidades como a Força Sindical, Nova Central Sindical, Federação das Indústrias (FIESC) e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), o Grito pretende mostrar à população que a perda de espaço do segmento industrial, que ao longo dos últimos anos reduziu sua participação na geração de riqueza do país, vai reduzir as oportunidades de emprego de qualidade no Brasil. O movimento defende que o setor tem papel fundamental para a transformação social de uma nação e a melhoria das condições de vida de seus habitantes.

Dados levantados pelo movimento, que terá atos nos mesmos moldes também nas capitais gaúcha, paranaense e paulista, mostram que em 1980 o parque industrial brasileiro era equivalente aos da Tailândia, Malásia, Coreia do Sul e China somados. Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 8% da indústria desses países.

"Questões como juros altos, câmbio valorizado, custo da energia e deficiências na infraestrutura de transporte encarecem a produção no Brasil, fazendo com que os esforços das empresas para produzir de maneira competitiva se percam da porta das fábricas para fora", diz o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. "Em 1985, a indústria de transformação representava 27% do PIB. Mantida a atual situação, chegaremos ao fim de 2012 com menos de 15%. Caminhamos para tornar o Brasil uma colônia novamente. Por isso, fazemos esse movimento", afirma Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq.

"Não queremos isenção de impostos ou coisa do gênero, queremos uma concorrência leal entre produtos importados e nacionais", defende o presidente da Força Sindical de Santa Catarina, Osvaldo Mafra. "Trabalhadores e empregadores têm a mesma visão sobre uma série de questões que afetam as empresas e o emprego no Brasil. Por isso estarão juntos nesse ato", diz o presidente da Nova Central em Santa Catarina, Altamiro Perdoná.

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