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domingo, 26 de fevereiro de 2012

A solução que você procura pode estar nos dados do chão de fábrica


Fernando Deschamps
Fernando Deschamps
Professor da PUC Paraná
"O conhecimento sobre o passado de alguma forma ajuda a combater os problemas no futuro."
Jefferson Luiz Ramos Melo
Jefferson Luiz Ramos Melo
Engenheiro de desenvolvimento do LABelectron/Fundação Certi
"É necessário simplificar as informações para melhorar o desempenho das indústrias."
Marcelo Piccin
Marcelo Piccin
Diretor de vendas da Oracle do Brasil
"A falta de investimento das empresas é um dos principais motivos do mau uso das informações disponíveis no chão de fábrica."

A solução que você procura pode estar nos dados do chão de fábrica

O II NEI International Industrial Conference & Show trouxe uma novidade aos convidados, o TEDTalk. Trata-se uma apresentação limitada a 18 minutos, com foco definido e centrado na contribuição pessoal do palestrante ao tema. O tempo estimula os palestrantes a serem objetivos e focados no assunto proposto. Concentrados nos 18 minutos, Fernando Deschamps (PUC Paraná), Jefferson Luiz Ramos Melo (Fundação Certi) e Marcelo Piccin (Oracle) foram os profissionais da indústria encarregados de falar sobre as possibilidades da gestão da informação no chão de fábrica.

Falta conhecimento

Professor da PUC Paraná, mestre em Engenharia Elétrica, engenheiro de controle e automação, administrador de empresas e consultor, Fernando Deschamps destaca duas ideias: a necessidade de obter informações (conhecimento) e os mecanismos necessários para obtê-las.
"A questão é conhecimento. Conhecimento no sentido de conhecer os detalhes da nossa fábrica, a sua capacidade real, eficiência, o que pode ser melhorado, o que está acontecendo no momento, os problemas existentes e, inclusive, os futuros. O conhecimento sobre o passado de alguma forma ajuda a combater os problemas no futuro."
Segundo o professor, a maioria das empresas possui diversos sistemas operacionais que armazenam informações em diferentes bases de dados. A desintegração desses dados prejudica a organização e a disseminação das informações, faltando conhecimento ao empresário na hora de uma decisão estratégica. Para obter esse conhecimento, Deschamps indica quatro passos:
1 - Coletar. Não limite a coleta de informações somente às fontes já conhecidas. Descubra novas fontes;
2 - Organizar. Facilite a análise das informações. Seja por problemas, área ou departamento, entre outras possibilidades. Organize as informações coletadas;
3 - Analisar. Estude as informações e conclua algo a respeito delas;
4 - Agir. Tome decisões para melhorar o desempenho do sistema de informações.
"É um ciclo vicioso. Para estabelecer esse ciclo é preciso balancear os trade-offs, ou seja, os fatores críticos de sucesso para o uso da informação do chão de fábrica", completa Deschamps.
Os fatores críticos para o sucesso envolvem comprometimento, tempo, esforço, custo, recursos, tecnologia e resultados. Baseado nos resultados obtidos por projetos realizados pelo grupo Integração, Automação e Avaliação de Sistemas - IAAS, da PUC Paraná, em empresas dos setores metalmecânico e gráfico, Deschamps destaca quatro pontos para uma boa implementação do sistema:
  • Defina os objetivos. Implantar um sistema de avaliação de desempenho não é o bastante. O objetivo deve ser claro, como, por exemplo, melhorar de 96% para 98% a qualidade da sua linha de fabricação;
  • Estabeleça processos. Organize as informações de acordo com os objetivos, facilite seu tratamento e uso. Procedimentos bem estabelecidos evitam resultados ruins no futuro;
  • Implante gradualmente. Essa foi uma das principais lições aprendidas pelo grupo. Os melhores resultados aconteceram quando as implantações de sistemas se iniciaram com coleta de informação manual, com lápis e papel.
  • Envolva pessoas. Garanta a compreensão dos colaboradores sobre todas as etapas do projeto. Cada um precisa entender a importância das informações, desde sua coleta até o impacto na sua rotina profissional. Sem o envolvimento das pessoas é improvável obter sucesso na implantação;

Falta simplicidade

Jefferson Luiz Ramos Melo, engenheiro de desenvolvimento do LABelectron/Fundação Certi, acredita na simplificação das informações para melhorar o desempenho das indústrias. Para o engenheiro, os inúmeros relatórios gerados por todos os sistemas, desintegrados nas organizações, prejudicam a análise dos profissionais da indústria, que muitas vezes recebem relatórios com informações inúteis para sua área de atuação.
"A ideia é gerar relatórios com as informações filtradas. É oferecer a informação certa, no momento certo e para a pessoa certa", diz Melo. Segundo ele, o profissional de chão de fábrica muitas vezes não precisa receber relatórios sobre a qualidade de produção. "Para esse profissional, o importante é saber a quantidade de produção para analisar as informações e tomar decisões importantes para sua área."
Melo faz questão de enfatizar a importância do acesso a todas as informações, mas destaca também a otimização do montante de informação para focar mais o trabalho de cada um. "A ideia é integrar todas as informações, ferramentas e sistemas. O profissional terá acesso a tudo, mas o relatório deve ser otimizado, focando as informações mais relevantes para a sua área de atuação."
A disponibilidade da informação em tempo real é outro ponto estratégico para o sucesso na gestão da informação. "As informações devem estar atualizadas e disponíveis para acesso a qualquer hora, de qualquer lugar", diz Melo, enfatizando ainda a importância dos alertas aos responsáveis. Para o engenheiro, se houver problemas na produção, o profissional da área deve ser avisado o mais rápido possível, seja via web, sms, e-mail ou "até mesmo via rede social, se for o caso".

Falta consciência

Para Marcelo Piccin, diretor de vendas da Oracle do Brasil, a falta de investimento das empresas é um dos principais motivos do mau uso (ou não uso) das informações disponíveis no chão de fábrica. "A conexão entre as matrizes das empresas e as plantas, que estão cada vez mais longe, tem baixo investimento. A resistência dos empresários ainda é muito grande para investir em tecnologia para integrar essa conexão."
O motivo pela desorganização dos dados já foi atribuído à falta de tecnologia. "Hoje a tecnologia permite não só organizar os dados de chão de fábrica, mas integrá-los com sistemas de outras plantas industriais", diz Piccin. Além da resistência dos empresários, a falta de conhecimento dos benefícios proporcionados por uma ferramenta de Business Intelligence - BI é outro obstáculo para a implantação do software.
Segundo o diretor, no Brasil, a valorização das ferramentas de BI é uma consequência da busca de produtividade. O empresário percebeu que a falta de análise aprofundada dos dados acarreta a perda de eficiência, clientes, prazos de entrega e, consequentemente, da lucratividade. "A dor no bolso está fazendo a indústria entender que uma ferramenta de BI vai transformar os "amontoados de dados" em informações úteis para auxiliar na tomada segura de decisões estratégicas, aumentando a produtividade da planta."

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