Não espere ficar doente para colocar uma atividade física na sua rotina. Comece já
Vanessa Vieira (redacao.vocesa@abril.com.br) 10/12/2011
Graças às novas tecnologias, ficamos acessíveis sete dias por semana. Já não basta responder a um e-mail no mesmo dia, é preciso responder instantaneamente pelo smartphone. O processo de tomada de decisão também ficou mais rápido.
"É necessário decidir com agilidade e precisão. O problema é que o senso de urgência não é compatível com a necessidade de planejamento", diz José Valério Macucci, consultor de carreira de São Paulo e ex-executivo do mercado financeiro. "Precisamos de um novo modelo de gestão.
Enquanto ele não é criado, os profissionais vivem um processo de esgotamento", afirma. A saída é não se tornar refém do modelo vigente. Busque um estilo de vida que respeite sua agenda pessoal e evite a automedicação para remediar o estresse e a ansieade — hábito comum entre os executivos.
Para o psiquiatra Rubens Pitliuk, do Hospital Albert Einstein, não há um excesso no consumo de medicamentos para aliviar a pressão. "O que temos é um excesso de estresse", diz. Segundo o médico, o uso de remédios é bem-vindo e pode evitar outras doenças decorrentes da ansiedade. "É melhor o indivíduo recorrer a um remédio do que desenvolver uma gastrite ou ter um infarto."
Porém, alguns especialistas alertam que o uso de drogas prescritas é apenas um paliativo. "Se não houver mudanças no estilo de vida, o problema vai continuar ali", diz Alberto Ogata, da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.
Para ele, se a origem do estresse não for tratada, abre-se espaço para outros problemas de saúde. "O que está por trás da insônia e da ansiedade não é uma mera agitação, mas a pressão mal administrada", diz Ogata.
Natação anti-insônia
O empresário mineiro Túlio Murta, diretor da QuickMedia, companhia especializada em mídia digital indoor, foi um dos que perceberam que seria preciso promover transformações no estilo de vida para administrar a ansiedade.
Nos últimos anos, conforme a empresa crescia e o volume de negócios aumentava, o nível de estresse começou a sair do controle. "Eu não conseguia dormir, ficava irritado e não tinha paciência para nada", lembra. Por indicação médica, começou a usar rivotril. alguns sintomas melhoraram, mas ele sentiu que teria de realizar outras mudanças para resolver de verdade o problema.
"Não queria que o meu bem-estar ficasse dependente de um remédio", afirma. a solução foi encontrar outras formas de descarregar a tensão acumulada.
Há um ano e meio, túlio começou a nadar 2 000 metros três vezes por semana e, aos sábados e domingos, passou a fazer trilhas de quadriciclo na montanha. "Esse contato com a natureza me ajuda a recarregar as baterias", garante.
Poesia contra o excesso de trabalho
A publicitária Patrícia Tavares, sócia-proprietária da do brasil Projetos e eventos, precisou recorrer a remédios por causa do estresse. entre 2008 e 2010, a empresa praticamente dobrou de tamanho.
"Eu trabalhava 14 horas por dia e, à noite, quando não estava acordada por causa de algum evento, tinha dificuldade para desligar. Às vezes, acordava às 5h da manhã cheia de ideias e levantava para anotar", lembra. "cheguei a um ponto em que me sentava na frente do computador para ler e-mails e ficava tonta." achando que se tratasse de labirintite, Patrícia procurou ajuda médica e recebeu o diagnóstico de estresse em altíssimo nível.
O psiquiatra receitou fluoxetina para controlar a ansiedade. Paralelamente, Patrícia começou a fazer psicanálise. "Foi então que me deu um estalo: se eu só tomar o remédio, mas não transformar minha rotina, os problemas vão continuar", conta. a publicitária começou a praticar ioga e descobriu dois hobbies: a fotografia e a poesia.
Os novos interesses já renderam um livro editado por ela, chamado Viagens, Imagens e Poesias, com suas fotos e poemas.
"É necessário decidir com agilidade e precisão. O problema é que o senso de urgência não é compatível com a necessidade de planejamento", diz José Valério Macucci, consultor de carreira de São Paulo e ex-executivo do mercado financeiro. "Precisamos de um novo modelo de gestão.
Enquanto ele não é criado, os profissionais vivem um processo de esgotamento", afirma. A saída é não se tornar refém do modelo vigente. Busque um estilo de vida que respeite sua agenda pessoal e evite a automedicação para remediar o estresse e a ansieade — hábito comum entre os executivos.
Para o psiquiatra Rubens Pitliuk, do Hospital Albert Einstein, não há um excesso no consumo de medicamentos para aliviar a pressão. "O que temos é um excesso de estresse", diz. Segundo o médico, o uso de remédios é bem-vindo e pode evitar outras doenças decorrentes da ansiedade. "É melhor o indivíduo recorrer a um remédio do que desenvolver uma gastrite ou ter um infarto."
Porém, alguns especialistas alertam que o uso de drogas prescritas é apenas um paliativo. "Se não houver mudanças no estilo de vida, o problema vai continuar ali", diz Alberto Ogata, da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.
Para ele, se a origem do estresse não for tratada, abre-se espaço para outros problemas de saúde. "O que está por trás da insônia e da ansiedade não é uma mera agitação, mas a pressão mal administrada", diz Ogata.
Natação anti-insônia
O empresário mineiro Túlio Murta, diretor da QuickMedia, companhia especializada em mídia digital indoor, foi um dos que perceberam que seria preciso promover transformações no estilo de vida para administrar a ansiedade.
Nos últimos anos, conforme a empresa crescia e o volume de negócios aumentava, o nível de estresse começou a sair do controle. "Eu não conseguia dormir, ficava irritado e não tinha paciência para nada", lembra. Por indicação médica, começou a usar rivotril. alguns sintomas melhoraram, mas ele sentiu que teria de realizar outras mudanças para resolver de verdade o problema.
"Não queria que o meu bem-estar ficasse dependente de um remédio", afirma. a solução foi encontrar outras formas de descarregar a tensão acumulada.
Há um ano e meio, túlio começou a nadar 2 000 metros três vezes por semana e, aos sábados e domingos, passou a fazer trilhas de quadriciclo na montanha. "Esse contato com a natureza me ajuda a recarregar as baterias", garante.
Poesia contra o excesso de trabalho
A publicitária Patrícia Tavares, sócia-proprietária da do brasil Projetos e eventos, precisou recorrer a remédios por causa do estresse. entre 2008 e 2010, a empresa praticamente dobrou de tamanho.
"Eu trabalhava 14 horas por dia e, à noite, quando não estava acordada por causa de algum evento, tinha dificuldade para desligar. Às vezes, acordava às 5h da manhã cheia de ideias e levantava para anotar", lembra. "cheguei a um ponto em que me sentava na frente do computador para ler e-mails e ficava tonta." achando que se tratasse de labirintite, Patrícia procurou ajuda médica e recebeu o diagnóstico de estresse em altíssimo nível.
O psiquiatra receitou fluoxetina para controlar a ansiedade. Paralelamente, Patrícia começou a fazer psicanálise. "Foi então que me deu um estalo: se eu só tomar o remédio, mas não transformar minha rotina, os problemas vão continuar", conta. a publicitária começou a praticar ioga e descobriu dois hobbies: a fotografia e a poesia.
Os novos interesses já renderam um livro editado por ela, chamado Viagens, Imagens e Poesias, com suas fotos e poemas.
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