Danielle Chaves, da Agência Estado
HONG KONG - A fabricante de computadores chinesa Lenovo está em busca de aquisições no Brasil em meio ao movimento para aumentar sua presença em grandes mercados emergentes além da China, onde já é o maior fornecedor de computadores em termos de remessas.
A segunda maior fabricante de computadores do mundo, atrás apenas da Hewlett-Packard, também está avaliando um plano para construir uma base manufatureira no Brasil, para que possa produzir localmente e evitar as altas tarifas de importação, afirmou o presidente da empresa para as regiões Ásia-Pacífico e América Latina, Milko Van Duijl, em entrevista à Dow Jones.
"Nós estamos interessados em comprar ou trabalhar junto com todos os players (no Brasil), embora não tenhamos escolhido um deles quando se trata de aquisição", disse Van Duijl. O executivo também afirmou que a companhia não pode ser competitiva no Brasil sem uma base manufatureira local. "Quando é preciso somar (os impostos) aos custos em um negócio de computadores, no qual as margens são pequenas, não há chance em vida de ter sucesso", declarou.
Os comentários do executivo foram feitos em meio às crescentes preocupações com a desaceleração da economia da China. A Lenovo, que tem 30% do mercado de computadores chinês, tem redobrado os esforços para se expandir em outros mercados emergentes, como Brasil, Índia, Indonésia, Argentina e México, onde a demanda deverá crescer entre os consumidores que compram computadores pela primeira vez.
A Lenovo afirmou que se tornou a marca número um na Índia pela primeira vez no trimestre encerrado em março, com uma fatia de 15,8%. A companhia vê espaço para crescimento na América Latina, onde sua presença continua relativamente pequena. No Brasil a Lenovo é o player número nove do setor, com participação de mercado de 3,6% no fim de março e seus negócios no País atualmente não são lucrativos.
Van Duijl observou que o Brasil recentemente foi superado pelo Japão para se tornar o terceiro maior mercado para computadores depois de China e EUA, em termos de remessas. As informações são da Dow Jones.
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