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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Trump a caminho do Brasil



O polêmico e caricato magnata americano planeja trazer para o País a sua rede de hotéis, considerada a mais requintada do mundo.

Por Bruna BORELLI
Clique e assista à entrevista com a repórter de estilo, Bruna Borelli

“Você está demitido!” É com essa frase que o bilionário americano Donald Trump popularizou na tevê – com seu reality show semanal no canal NBC – seu perfil mandão, calculista e de empresário bem-sucedido. Sempre vestido com apuro, testa franzida e cabelos frequentemente avermelhados, o magnata personifica o capitalismo dos Estados Unidos como poucos. Para o grande público, a imagem de Trump talvez seja apenas a de um personagem do entretenimento, mas no mundo dos negócios sua reputação é de um empreendedor workaholic, que nunca fica menos de 15 horas por dia em seu escritório no coração financeiro de Nova York e se diverte, segundo ele, apenas quando ganha dinheiro. “Não há nada mais emocionante do que fazer negócios” é seu mantra mais repetido. 
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Donald Trump, magnata americano: "A América Latina está em alta e no nosso radar"
Para quem já faliu quatro vezes e se reergueu, Trump também provou que sabe faturar. A revista Forbes estima em US$ 2,9 bilhões o patrimônio do empresário, mas ele assegura ter muito mais: US$ 7 bilhões. Dono da Organização Trump, que tem como mina de ouro a rede hoteleira de alto padrão Trump Hotel Collection (com receita anual de meio bilhão de dólares), ele é conhecido por seu faro aguçado para os negócios. Com hotéis nos Estados Unidos, Canadá e Panamá – sendo este último seu laboratório de teste na América Latina –, a sofisticada companhia tem o Brasil na mira. “O mercado hoteleiro é nossa prioridade máxima”, disse Trump, em entrevista exclusiva à DINHEIRO. “A América Latina está em alta e, com certeza, em nosso radar” (leia mais ao final da reportagem).
O braço direito e chefe de operações do grupo, Jim Petrus, confirma o interesse em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades que já têm sido estudadas para a construção de hotéis de luxo. A decisão de Trump de investir no Brasil promete movimentar o setor hoteleiro no País, não apenas pelas cifras, mas também pela estreia do polêmico magnata. O Brasil é atualmente um dos países com maior potencial de retorno nesse segmento. Até 2014, ano da Copa do Mundo, cerca de US$ 7,3 bilhões serão aplicados para a construção de novos hotéis no País, incluindo unidades voltadas ao segmento de luxo, já que o mercado brasileiro ainda está defasado de grifes hoteleiras. Ao que tudo indica, é essa oportunidade que agora atrai Trump. 
“Ele é um empresário que tem apetite pelo risco e sabe que o Brasil é o mais sedutor mercado para novos empreendimentos em hospedagem do mundo”, diz um executivo do banco Goldman Sachs que tem assessorado Trump em seus planos de investimentos no País. As grandes redes mundiais de hotéis sabem disso. A francesa Accor, por exemplo, planeja dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, atingindo 300 unidades até 2014, fortalecendo bandeiras de hotelaria de luxo, como a MGallery e Pullman. Os investimentos de mais de R$ 2,5 bilhões farão do Brasil o principal mercado do grupo fora da França.  “Vivemos a melhor e mais confortável fase de crescimento da história”, diz o presidente da companhia para a América Latina, Roland Bonadona. 
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O senhor capitalismo: um dos edifícios mais famosos de Nova York abriga
a sede da Organização Trump, que cuida de negócios que vão de campos
de golfe até a transmissão do Miss Universo.
Outras empresas, como a InterContinental, Marriott e Best Western, também estão a caminho do País. Trump já teve uma breve experiência com o Brasil. Em 2003, o empresário carioca Ricardo Bellino foi posto à prova, frente a frente com Trump em um dia de fúria. Ao conseguir uma reunião com o bilionário americano, o brasileiro teve apenas três minutos para convencê-lo de que o Brasil era merecedor de seus investimentos “ou então que o deixasse livre para resolver seus problemas”. Bellino conseguiu chamar a atenção de Trump para o projeto de um condomínio de luxo no interior de São Paulo, orçado em US$ 100 milhões. Apesar do encontro inicial bem-sucedido, a parceria terminou três anos depois, quando o empresário americano desistiu do licenciamento de sua marca para os investidores brasileiros, alegando que o projeto não estava à sua altura. 
Bellino reconhece que Trump ficou frustrado com o Brasil. “Todo negócio que não se conclui gera frustração”, afirma o empresário brasileiro. “Meu nome simboliza luxo e alto padrão”, diz o bilionário, sem qualquer traço de humildade. “Isso nunca vai mudar.” Agora, Trump está seguro de que é hora de voltar ao Brasil e, desta vez, apostando alto. “Existem várias possibilidades, mas é mais uma questão de qualidade e não de quantidade”, afirma. Seu principal executivo, Jim Petrus, endossa os planos. “A vinda ao País não deve demorar”, diz Petrus. “Levar um hotel com a bandeira Trump para o Brasil é mais do que um compromisso.” O bom desempenho da economia brasileira em tempo de crise nos países desenvolvidos é fator de atração para o magnata americano. 
O otimismo é ainda maior no setor hoteleiro, com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, que, juntas, devem trazer quase 20 milhões de estrangeiros ao Brasil. “O mercado brasileiro é extremamente próspero e isso faz com que o País seja prioridade não apenas para Trump como para muitas redes de hotéis”, diz Petrus. Ainda segundo ele, o Brasil não tem quantidade suficiente de hotéis em muitas das principais cidades, especialmente quando se trata de grifes hoteleiras de alto luxo. Mas será que o modelo de negócio de Trump vai funcionar por aqui? Ellen Kiss, coordenadora do curso de marketing de luxo da ESPM, vê a chegada de Trump com ressalvas. “Luxo e ostentação são coisas diferentes hoje em dia”, diz. 
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"Você está demitido": o empresário fez sucesso nos EUA com o programa
The apprentice, na NBC. "A fama me ajuda a fazer negócios".
Segundo ela, a percepção de Trump sobre o luxo é uma versão fora de moda. “Ele gosta de coisas exageradas, chega a ser até megalomaníaco”, afirma. “Essa visão de luxo ainda vende muito nos Estados Unidos, mas tenho dúvidas se funcionará bem no Brasil.” Para Ellen, os abonados brasileiros habituados à riqueza fazem um estilo mais low-profile, bem diverso da ostentação vista nas propriedades de Trump. O hotel do Panamá, por exemplo, com 70 andares (e US$ 400 milhões de investimento), é o prédio mais alto da cidade, que já tem silhueta semelhante à de Dubai, nos Emirados Árabes, por seus imponentes arranha-céus. Mas Petrus não parece se preocupar com um possível fracasso. “Cada hotel Trump tem a ver com o mercado local em que está inserido”, diz o executivo. “Tenho certeza que vamos entregar um produto apropriado no Brasil.”
Apesar do evidente interesse no País, Trump nega que sua atenção esteja voltada apenas para os países emergentes. Tanto que neste ano já inaugurou um novo hotel em Toronto, no Canadá, e planeja reformar dois espaços nos Estados Unidos: o antigo Doral Hotel & Country Club, em Miami – que, falido há quase um ano, foi comprado pelo magnata por US$ 150 milhões –, e o Old Post Office (antigo correio, em português) em Washington, D.C., cuja reforma ultrapassará o valor de US$ 200 milhões. “Sigo meus instintos sobre onde investir. Se eu acho que ainda devo investir nos Estados Unidos, não desisto”, diz Trump. É na Big Apple, aliás, que está o investimento queridinho do empresário: o Trump International Hotel & Tower Nova York. “Foi ele que deu início a tudo”, afirma. 
Mas é o histórico prédio do Old Post Office, um dos cartões-postais de D.C., a chave da empreitada de Trump, que planeja transformar sua marca no símbolo de máximo luxo. Para atingir o nível de requinte máximo, o bilionário e sua trupe investem na excelência de serviço – e garantem que tudo será trazido ao Brasil. “É isso que separa os hotéis Trump das outras companhias de hospedagem”, afirma. Segundo Trump, os profissionais que trabalham em seus hotéis passam por 100 horas de treinamento por ano para que sejam capazes de oferecer um serviço da mais alta excelência para os hóspedes, como a definição dos seus gostos pessoais, café da manhã com as frutas preferidas e a temperatura ideal do ar-condicionado. Quem visita os hotéis da Trump Hotel Collection sabe logo que ele leva essa personalização a sério. 
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1. Old Post office: Trump vai transformar o prédio histórico de Washington em hotel de luxo; 2. Trump Tower: em frente
ao Central Park está um dos preferidos do magnata; 3. charme no soho: o bilionário concentra os investimentos
na cidade de Nova York; 4. fora de casa: em Toronto, no Canadá, foi inaugurado o mais recente investimento de Trump.
Sorridentes, os funcionários proporcionam a seus hóspedes um tratamento digno de xeique árabe. “Os pequenos detalhes fazem a diferença para uma marca de luxo e personalizam a experiência dos hóspedes”, afirma o magnata. Trump aposta também numa aliança com a arte e a alta gastronomia. O Old Post Office – que, depois de pronto, será renomeado para Trump International Tower – contará com um museu, uma galeria e dois restaurantes comandados por famosos chefs de cozinha. Todas essas características revelam o gosto pessoal e perfeccionista de Trump, um aficionado por arte e gastronomia. Mas o que ele quer mesmo é que seu nome seja visto e ouvido em todos os lugares do mundo. Tudo leva seu nome. Desde os soberbos edifícios e gigantescos campos de golfe (ele é apaixonado pela modalidade) até a água de seus refinados hotéis, a Trump Ice. 
Na cartilha de negócios de Trump há espaço até para a comercialização de objetos para casa, de colchões a cristais. A diversificação dos negócios é uma das armas de Trump. Além dos investimentos no mercado hoteleiro e imobiliário, o empresário conquistou espaço no show biz com o reality show The apprentice (no País, traduzido como O aprendiz, veiculado até o ano passado pela Rede Record). “O enorme sucesso do programa foi uma surpresa para mim”, diz ele. “Eu sempre tive interesse no ramo do entretenimento, mas demorei para arriscar nesse setor.” Ele também comanda um programa de tevê, o Trump’s fabulous world of golf (o fabuloso mundo do golfe de Trump, em português) e detém os direitos do concurso de Miss Universo. De fato, televisão e Trump se completam. 
Diferentemente de outros bilionários que preferem seguir um estilo mais discreto, Trump adora ser uma celebridade. “Eu já me acostumei com toda a atenção”, diz. “Sou famoso há bastante tempo e aprendi a usar a fama como uma vantagem.” Para ele, a exposição na mídia pode ser uma ótima publicidade se o empreendedor souber como agir para obter sucesso. “Mas é preciso tomar cuidado”, afirma Ellen, da ESPM. “Qualquer marca que associa seu nome a uma personalidade corre risco porque está sujeita às ações de uma pessoa.” No caso de Trump, as coisas parecem funcionar de modo diferente. Nem mesmo as polêmicas envolvendo o fracasso de um de seus investimentos pareceram abalar o magnata, que já ensaiou concorrer à Presidência dos Estados Unidos em duas eleições. No ano passado, o jornal americano The New York Times publicou um artigo criticando o empresário por querer lucrar com o próprio nome. 
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A cartilha do sucesso: No livro Toque de midas, Trump diz
que o segredo é a persistência
O jornal acusou Trump de usar sua reputação para atrair consumidores para um investimento em Fort Lauderdale, na Flórida, e abandonar o projeto assim que problemas financeiros apareceram. “Trump apenas alugava sua imagem aos empreendimentos e não tinha responsabilidade pelo seu resultado”, escreveu o jornalista Michael Barbaro. Verdade ou mentira, Trump aprendeu sua lição depois de superar falências que já custaram até seu casamento com a ex-modelo tcheca Ivana, mãe de seus três filhos: Donald Jr., Ivanka e Eric. Eles foram casados por 14 anos, mas a união não sobreviveu aos US$ 900 milhões de dívidas adquiridos pelo magnata, em 1991, ao financiar a construção do cassino e resort Trump Taj Mahal com títulos podres. 
O empresário conseguiu se recuperar depois de vender seu suntuoso iate Trump Princess por US$ 29 milhões, a companhia aérea Trump Shuttle, além da participação em vários outros negócios. Depois desse tombo, o bilionário, aparentemente, ficou vacinado. Ele descobriu que as chances de falência são maiores quanto mais investimento próprio for colocado nos projetos e, assim, formulou um modelo de licenciamento de marca, gerenciado bem de perto pelo seu time de executivos. “Tudo passa pelo crivo de Donald Trump”, afirma José Manuel Barreda, gerente internacional de vendas do Ocean Trump, no Panamá. Segundo ele, para se beneficiar do nome é preciso pagar uma taxa de licenciamento, além de mensalidade pela administração, que varia conforme a receita do hotel. Mas Trump nunca quis ser admirado por sua bondade. É pelos bilhões em seu cofre que ele quer ser reconhecido. Por isso, o Brasil está contratado. 
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“Sigo os meus instintos sobre onde investir”
O magnata americano Donald Trump falou com exclusividade à DINHEIRO sobre seus negócios e planos para ampliar sua fortuna. Veja alguns trechos dessa entrevista:  
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Como funciona o modelo de negócio do Trump Collection?
Nós fazemos parcerias com proprietários e competimos diretamente com marcas hoteleiras de luxo, como o Ritz Carlton, Four Seasons e St. Regis. Com a rápida expansão de nossa marca de hotéis em poucos anos e os novos projetos com a assinatura Trump recém-anunciados, eu garanto que vamos crescer ainda mais nesse setor.
Como surgiu a marca?
Eu tive uma grande ideia para um hotel de luxo no Central Park e isso se tornou o Trump International Hotel & Tower, que hoje é o único hotel a ganhar os mais importantes prêmios de excelência na hotelaria de luxo, como o Forbes Cinco-Estrelas e o AAA Cinco Diamantes. O sucesso desse projeto foi tanto que levou à criação do Trump Hotel Collection em 2007. Em cinco anos já abrimos seis hotéis, o de Chicago, o de Las Vegas, o do Havaí, o do Soho Nova York, o do Panamá e o de Toronto, todos já conquistando os prêmios.
Por que o Panamá foi o primeiro país fora dos Estados Unidos a receber um hotel com a bandeira Trump?
O Panamá é uma porta de entrada para a América Latina para hóspedes que estão a negócios ou lazer. Muitos dos principais bancos têm sede lá. O país está com tudo e o Trump Ocean Club traz um nível de luxo e hospitalidade nunca visto nessa parte do mundo.
Quando o sr. começou no ramo imobiliário esperava ser bem-sucedido em outros setores?
O enorme sucesso do The apprentice foi uma surpresa para mim. Eu sempre tive interesse no ramo do entretenimento, mas havia decidido focar apenas no setor imobiliário e então, mais tarde, essa oportunidade surgiu. O êxito dos meus clubes de golfe tem mais a ver com meus negócios no setor imobiliário, então, apesar de muito gratificante, não foi tanto uma surpresa.
Qual foi o negócio mais exótico em que o sr. já investiu?
Meu investimento no Miss Universo e Miss EUA me deixou um pouco titubeante, mais foi bem-sucedido. O Miss Universo é visto hoje por 180 países e tem ótima repercussão. O aprendiz já está na vigésima temporada e tem grande audiência. 
Arrepende-se de algo?
Comprei um iate que nunca usei. Não via a hora de vendê-lo.
De qual investimento o sr. mais se orgulha?
O Trump Tower é um lugar especial para mim. É muito bonito e foi o primeiro prédio a ter meu nome. É também uma das atrações turísticas de Nova York.
O que uma linha de produtos ou um novo hotel precisam ter para o sr. colocar o seu nome?
Têm que ser absolutamente de alto padrão.
Seus investimentos sempre envolvem luxo. Por quê?
A marca Trump simboliza luxo e alto padrão. Essa é a marca que eu criei e isso nunca vai mudar. 
Qual é sua opinião sobre o Brasil?
O Brasil é incrivelmente bonito e muito diverso. Além disso, o mercado de luxo brasileiro tem expandido cada vez mais.  
E a crise mundial?
Definitivamente, é uma crise e ainda não acabou. Os bancos não têm ajudado muito e o mercado ainda está muito volátil. Vai demorar um tempo para as coisas voltarem a ser equilibradas e nós precisamos ser vigilantes, tanto nos EUA como na Europa.
Com a crise, seus investimentos irão para os países emergentes?
Não necessariamente. Meu último investimento foi nos EUA, na Flórida, com o Hotel Doral. Eu sigo meus instintos sobre onde investir. Se eu acho que ainda devo investir nos EUA, eu invisto. 
Diferentemente de outros bilionários que não gostam de estar na mídia, o sr. parece adorar a fama. É bom para os negócios? 
A exposição na mídia é muito boa para os negócios. As pessoas sabem quem eu sou e o que a marca Trump representa. É uma ótima publicidade, mas você tem de saber como agir para obter sucesso. Você pode ter um ótimo produto, mas, se ninguém escutou sobre ele, não vai vender. Eu já me acostumei com toda a atenção agora. Sou famoso há bastante tempo e aprendi a usar a fama como uma vantagem.  
Qual é conselho para quem quer enriquecer?
Leia o livro que eu escrevi em parceria com Robert Kiyosaki, Toque de midas. Tem muitos bons conselhos lá. É muito importante encontrar algo que você ame fazer, pelo qual você sinta paixão. A chance de você obter sucesso é muito maior quando você é apaixonado pelo que faz. Podem existir muitos obstáculos no caminho para o sucesso, mas a paixão vai lhe dar a energia necessária para ultrapassá-los. Espere pelas batalhas e aprenda a olhar para a solução, e não para o problema. E, acima de tudo, ame o que você faz.

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