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segunda-feira, 19 de março de 2012

Um bônus que desce redondo


O executivo brasileiro Carlos Brito vai receber um lote de ações avaliadas em R$ 325 milhões, por ter reduzido a dívida da cervejaria AB InBev.

Por Ralphe MANZONI Jr. e Marcio ORSOLINI
O executivo brasileiro Carlos Brito, presidente da AB InBev, maior cervejaria do mundo com faturamento de US$ 39 bilhões em 2011, é um sacerdote da meritocracia. Discípulo de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, fundadores do extinto banco Garantia e maiores acionistas individuais da cervejaria, Brito também herdou de seus mentores a obsessão por resultados e pelo corte de custos. Em 2008, quando ocorreu a fusão da belga-brasileira Inbev com a americana Anheuser-Busch, Brito e seus executivos se comprometeram com um plano de redução do endividamento do grupo cervejeiro. Na época, o gigante global de bebidas, dono das marcas Brahma e Skol, devia US$ 60 bilhões, o equivalente a 5,5 vezes o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). 
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Brito, CEO: corte de custos, emissão de ações e vendas de ativos reduziram dívida e garantiram
bônus milionário aos executivos da AB InBev.
 
Até 2013, eles teriam de reduzir a dívida para 2,5 vezes a geração de caixa. A divulgação dos resultados globais de 2011 da AB InBev, em 8 de março, mostrou que Brito não só conseguiu atingir a meta como o fez com dois anos de antecedência em relação ao prometido. A dívida caiu para US$ 35 bilhões, o que representa 2,3 vezes o Ebitda. Como prêmio, 40 executivos do alto escalão terão direito a opções de ações avaliadas em € 1,2 bilhão, que podem ser exercidas em 2014 e 2019. A fatia de Brito descerá bem redonda para sua conta bancária. Levando-se em consideração os valores da ação da semana passada, ele receberá € 138 milhões (aproximadamente R$ 325 milhões ou US$ 181 milhões), mais de 50 vezes o valor do salário e bônus que ganhou em 2011. 
 
É bem mais do que  o recebido por Larry Ellison, o fundador da empresa de tecnologia Oracle (veja abaixo), o executivo mais bem pago dos EUA, em 2011. A fórmula para conseguir o resultado é bastante conhecida da trinca Lemann, Telles e Sicupira. “Esse time está levando uma política rígida do controle de gastos, o que não acontecia com a Anheuser-Busch”, diz um consultor americano do mercado de bebidas, que não quer se identificar. O rigor é tanto que os executivos, quando viajam, dividem os quartos para economizar. Os aviões da Anheuser-Busch, que serviam os funcionários de alto escalão, também não existem mais. Tratar os gastos com lupa, no entanto, não seria suficiente para atingir a redução da dívida. 
 
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De bolso cheio: executivos de empresas americanas receberam uma fortuna em bônus de ações de suas companhias em 2011.
 
A AB InBev também fez uma emissão de ações e passou adiante US$ 9 bilhões em ativos. Se, no plano global, a AB InBev, assim como os seus executivos, comemoram a redução da dívida, a Ambev, sua subsidiária brasileira, também não tem do que reclamar. Em março, a companhia está disputando com a Vale o posto de segunda maior empresa em valor de mercado do País. Por dois pregões na primeira quinzena do mês, nos dias 9 e 12 de março, a Ambev,  comandada por João Castro Neves, ficou à frente da mineradora brasileira. Na quinta-feira 15, a Vale estava na dianteira, com um valor de R$ 215 bilhões (confira gráfico ao final da reportagem). Essa troca de posições não acontecia desde novembro de 2001, quando a Ambev tinha valor de mercado de R$ 18,9 bilhões. 
 
A Vale, R$ 18,84 bilhões. Ambev e Vale, atualmente, vivem cenários opostos. A cervejaria brasileira está se beneficiando do aumento de consumo de cervejas no Brasil, que cresceu 3,9%, atingindo 13 bilhões de litros. Isso pode ser demonstrado pela valorização de suas ações. Em 2011, os papéis subiram 38,2%. Neste ano, acumulam alta de 11,3%. A Vale, por sua vez, tem enfrentado problemas com o cenário global e, em especial, com a China, seu principal cliente, que anunciou que vai desacelerar em 2012. Além disso, a mineradora está envolvida em uma disputa com a Receita Federal de aproximadamente R$ 30 bilhões por tributação sobre lucros de coligadas no Exterior. Suas ações desvalorizaram-se 16,5% em 2011. Neste ano, subiam 9,6% até a quinta-feira 15.
 
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