A cada quatro minutos, vem alguém lhe atrapalhar. Como usar isso a seu favor
Por Márcio Ferrari
A maioria das pessoas não consegue trabalhar mais de 11 minutos sem ser interrompida, sem contar os desvios do próprio pensamento, de acordo com uma experiência da Universidade da Califórnia. Resultado: em média, não se fica mais de quatro minutos concentrado num assunto. Se as interrupções são inevitáveis, por que não torná-las produtivas?
É o que propõe Douglas Conant, ex-presidente e ex-CEO das Sopas Campbell, no livro TouchPoints: creating powerful leadership connections in the smallest of moments (“Pontos de contato: criando conexões poderosas de liderança nos menores momentos”), coescrito com a acadêmica Mette Norgaard depois de quatro anos e meio de pesquisas.
O segredo para construir “touchpoints” a partir de interações rápidas está em três passos: ouvir atentamente, contextualizar (algo como “você está me dizendo isso e a situação é essa”) e avançar, propondo um próximo passo (mesmo que seja “verifique isso melhor, por favor”). A eficiência dessa prática depende de algum treino nos chamados “quatro As”: alerta, abundância (de possibilidades a oferecer), autenticidade e adaptabilidade.
Segundo Donant, agindo assim o executivo ganha em eficiência, porque ajuda a resolver problemas antes que eles cresçam, dinamiza o trabalho e dá aos funcionários o exemplo para criar uma cultura de alto comprometimento dentro da empresa.
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