Desde
sua criação, em abril de 2011 até agora, 29 usinas sucroenergéticas, das quais 27 são brasileiras e
duas australianas foram certificadas pela Bonsucro, iniciativa global que
avalia a sustentabilidade dos produtos fabricados a partir da cana. Isso
significa que mais de dois bilhões de litros de etanol de cana-de-açúcar foram
produzidos no mundo com o selo da Bonsucro. “Um avanço tão rápido só foi
possível graças a uma cultura corporativa já estabelecida nas empresas, assim
como um controle estruturado dos processos sobre o tema”, afirmou o gerente de
Sustentabilidade da Unica.
Em 2011, a certificação tornou-se exigência para
as empresas que exportam o biocombustível para
a União Europeia e, desde então, usinas brasileiras começaram a aderir aos
padrões. Segundo Natasha Schwarzbach (foto), chefe de engajamento da Bonsucro,
com isso, além conquistar mercado, as usinas podem ter ganhos em reputação,
agregar valor à marca, e contribuir para uma produção com mais respeito ao meio
ambiente e aos consumidores.
Entretanto a certificação por si só não aumentou a
quantidade exportada para a União europeia. “Embora o Brasil já tenha etanol certificado de acordo
com padrões exigidos pelos europeus, o volume importado pela Europa ainda é
irrisório, pois a tarifa de importação é muito elevada”, afirmou a assessora
sênior da Presidência da Unica —União da Indústria da Cana-de-Açúcar para
Assuntos Internacionais, Géraldine Kutas, ao participar de um evento na Holanda
no mês passado.
Para a entrada do etanol brasileiro no mercado norte-americano como
combustível avançado, é exigido um certificado que comprove que o produto está
dentro das normas da Renewable Fuel Standard (RFS-2), um conjunto de regras que
regula a produção e a utilização de biocombustíveis no território americano. O
selo é emitido pela agência de proteção ambiental americana (EPA). Segundo o
Ietah, atualmente, mais de 100 usinas do Brasil já receberam o registro para exportar
o combustível aos Estados Unidos.
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